O pastor cristão fundamentalista Steven Anderson, um norte-americano que nos últimos anos tem pedido a execução de todos os homossexuais, é a primeira pessoa a ser banida da Irlanda.
Segundo avançou o Raw Story na segunda-feira, Steven Anderson planeava pregar para uma congregação na Irlanda, a 26 de maio. Foi necessária apenas uma petição ‘online’ assinada por 14 mil – e criada pelo grupo cristão de mudança dos direitos dos homossexuais Changing Attitude Ireland -, para o Governo agir, reportou o Daily Beast. Esta é a primeira vez que o país usa os poderes de exclusão, introduzidos em 1999.
De acordo com o Independent, no domingo, quando soube das intenções do pastor fundamentalista, o ministro da Justiça da Irlanda, Charles Flanagan, assinou a ordem de exclusão, que tem efeitos imediatos.
“Eu assinei a ordem de exclusão sob os meus poderes executivos no interesse da política pública”, indicou Charles Flanagan ao Irish Times. A seção 4 do Ato de Imigração da Irlanda de 1999 permite que o ministro assine uma ordem de exclusão se “considerar necessário no interesse da segurança nacional ou da política pública”.
O Guardian noticiou que o pastor estava a programar dar um sermão para 150 seguidores, num local secreto em Dublin, sobre as consequências da legalização do aborto na Irlanda, que ocorreu no ano passado.
Steven Anderson, que fundou uma igreja batista fundamentalista independente no Arizona (EUA) em 2005 – designada Faithful World Baptist Church – tem estado no centro das controvérsias desde 2009, quando afirmou à sua congregação que orou todas as noites pela morte do então Presidente Barack Obama.
Citando passagens bíblicas, em 2014, propôs o assassinato de todos os homossexuais para “erradicar a SIDA” e, em 2016, elogiou o massacre de 49 pessoas num ataque a um clube noturno na Florida (EUA).
A Faithful World Baptist Church é listada como um “grupo de ódio” anti-LGBT pelo Southern Poverty Law Center (SPLC), uma organização americana de defesa legal sem fins lucrativos. No seu site, a igreja descreve a homossexualidade como “um pecado e uma abominação que Deus pune com a pena de morte”.
O Guardian indicou ainda que organizações judaicas nos EUA acusam o pastor de promover a negação do Holocausto. Num vídeo divulgado em 2015, argumentava que os judeus não foram queimados em fornos, mas morreram de fome e doenças nos campos de concentração nazi. Intitulado “Marching to Zion” (“A marchar para Sião”, em português), o vídeo refere uma teoria anti-semita de que os judeus mentiram sobre o Holocausto para criar o estado de Israel.
A decisão da Irlanda surgiu depois de a Holanda ter banido Steven Anderson, que planeava pregar no país a 23 de maio. Ao todo, foi banido de 30 países, incluindo os 28 da União Europeia e outros como a África do Sul, o Canadá, a Jamaica, o Botswana e o Malawi.
O defensor dos direitos dos homossexuais, Peter Tatchell, saudou a decisão do governo irlandês. “A sua glorificação do assassinato em massa cruza uma linha vermelha. É mais do que mero ódio. A Irlanda está certa em proibi-lo [de entrar]”, declarou.
Este cromo deve ser mas é ser um gayzola reprimido…
Largado num grupo de “gorilas brincalhões”, é que era!
Para mim, pastor é no monte com as ovelhas.
presumo que a Irlanda vá expulsar TODOS os seguidores do islão.
é que defendem exactamente a mesma coisa.