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Nicolás Maduro pode estar a preparar fuga da Venezuela

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(h) Miraflores Press Office

Nicolás Maduro, o presidente da Venezuela, pode estar a preparar-se para abandonar o país “dentro de uma semana ou de um mês”, como refere o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que não descarta uma intervenção militar. Uma opção que a Rússia rejeita terminantemente.

“Maduro deve perceber que está a cair aos pedaços. Ele ainda comanda, mas de modo nenhum pode governar”, apontou Pompeo aos jornalistas durante o voo para a Finlândia, onde se reuniu, nesta segunda-feira, com o homólogo russo Sergei Lavrov, à margem de uma reunião do Conselho do Árctico, em Helsínquia.

O secretário de Estado norte-americano considerou ainda que Maduro tem perdido o apoio dos militares e que pode abandonar Caracas, a capital da Venezuela, “dentro de uma semana ou dentro de um mês”.

“Embora Maduro tenha conseguido manter o controlo do exército, foram muitos os soldados que se afastaram dele, incluindo um alto oficial dos serviços de informação, ligado ao presidente e ao seu antecessor (Hugo Chavez)”, analisou ainda Pompeo.

“Maduro não pode sentir-se confortável com a segurança da sua posição hoje em dia, porque o povo venezuelano vai acabar por pedir que ele saia”, acrescentou com a certeza de que o governante “não pode fazer parte do futuro da Venezuela”.

Pompeo também não descartou uma possível invasão militar da Venezuela, considerando que os EUA estão “a preparar” uma “gama completa de opções” para lidar com a situação.

Mas o homólogo russo descarta qualquer solução militar para a Venezuela. “Não há possibilidades de uma intervenção militar na Venezuela”, frisou Lavrov na Finlândia, notando que os russos se opõem “terminantemente a acções militares que violem o direito internacional”.

“O uso da força só pode ser autorizado pelo Conselho de Segurança da ONU ou a força pode ser empregue como resposta a uma agressão contra um Estado soberano, e nada semelhante se observa na Venezuela”, acrescentou Lavrov citado pelo El Mundo.

Os EUA têm pedido ao exército venezuelano para retirar o apoio a Maduro, para que o auto-proclamado presidente interino, Juan Guaidó, possa garantir condições para a marcação de “eleições livres e democráticas“.

Numa entrevista recente ao The Washington Post, Guaidó admitiu que não conseguiu mobilizar apoio suficiente dos militares para a revolta contra Maduro.

Na semana passada, Pompeo disse também que Maduro tinha estado preparado para abandonar a Venezuela, na sequência da tentativa de golpe de Estado por parte da oposição, mas que teria desistido da intenção por influência do Governo russo, que o convenceu a permanecer em Caracas. Uma versão que Sergei Lavrov já desmentiu, acusando os EUA de interferência ilegal na Venezuela.

Os presidentes de EUA e Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, também já falaram, telefonicamente, da tentativa gorada de golpe de Estado na Venezuela. Adivinha-se que terão, igualmente, falado da divergência de posições dos dois países quanto a Maduro e ao seu regime.

ZAP // Lusa

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14 Comments

  1. “pode abandonar Caracas, a capital da Venezuela, “dentro de uma semana ou dentro de um mês”” ou dentro de um ano ou dentro de dez anos ou…. quem sabe! Nunca devemos perder a esperança que o ditador abandonará o poder, nem que seja por aposentação, ou com alzheimer em ultimo estágio.

  2. Só acredita quem não conhece um cobardolas agarrado ao poder. Nunca fará isso a menos que as forças armadas mudem de lado e ele ainda tenha tempo.

  3. estes criminosos todos querem mesmo ter um banho de sangue na Venezuela, começando e acabando nos USofA.

    mas alguém acredita nesse zionista?

  4. “Não há possibilidades de uma intervenção militar na Venezuela”, frisou Lavrov na Finlândia, notando que os russos se opõem “terminantemente a acções militares que violem o direito internacional”
    Mas que raio fizeram eles na Chechénia e na Geórgia e o que fazem na Ucrânia e na Síria? O direito internacional só é bom para o que lhes interessa?

    • Tira as palas dos olhos
      Quem tem feito intervenção nos diversos países a nível global?
      Só existe um regime/nação que ficou com a supremacia (USA) e seu braço armado (OTAN) responsáveis pelas “limpezas étnicas e genocídio” desde a queda do “muro de Berlim”

  5. Acho graça… Onde quer que se leia algo sobre este tema, não faltam as frases tipo “os EUA não querem Maduro na Venezuela”… “Pompeo diz que MAduro não pode fazer parte do futuro da Venezuela”… Um gajo auto-proclama-se Presidente de um país e “os EUA já o reconheceram”… Mas desde quando é que os EUA são donos da Venezuela para achar ou deixar de achar seja o que for. EU SEI que eles se acham donos do mundo… Mas presunção e água benta, cada um toma a que quer.

    Atenção: Eu não gosto de Maduro. Enquanto Chavez conseguiu trazer muitos benefícios à Venezuela e tinha um apoio popular massivo e democrático, Maduro tem usado repressão, tem sido um mau governate económicamente. No entanto, tem ainda o apoio de pelo menos metade da população. Se formos ver, Bolsonaro usou contas Whatsapp para manipular eleições, Trump obstruiu a justiça, o Brexit teve infringimentos da Lei eleitoral por parte da campanha Leave… E alguém diz que os resultados não são legítimos??.. Então apesar de Maduro ter afastado alguns concorrentes de se candidatar, ele é para todos os efeitos o líder eleito. Não há legitimidade nem para os outros países reconhecerem um presidente auto-proclamado, nem muito menos para se imiscuirem militarmente nos assuntos que dizem respeito ao povo Venezuelano. A única coisa legítima é mandar observadores internacionais para impedir abusos nas próximas eleições e ver se Guaidó ganha.

    A posição da Rússia faz muito mais sentido. Se os EUA, depois de terem apoiado um golpista falhado, tiverem a audácia de intervir militarmente para meter na Venezuela o líder fantoche que lhe convém… Acho muitíssimo bem que a Rússia intervenha como fez para proteger Assad dos EUA e da CIA, de resto com o sucesso que se vê, pelo facto de Assad ainda lá estar. Triste é ver o que a consequente BIRRA dos EUA fizeram a uma Síria totalmente em escombros. Tipo, se não nos deixam ficar com o petróleo, então rebentamos com esta merda toda. NOJO de país… Depois de 1945, começou-lhes a subir à cabeça que eram donos do mundo. A partir de 1989 então, convenceram-se mesmo disso. Monopólios nunca foram bons… Por isso é que Trump tem tentado dar-se bem com Putin, porque sabe que mais vale dividir o mundo em três com a Rússia e a China, do que gastar os recursos todos em guerras comerciais com eles e acabar falido. É o 1984 de Orwell em curso, com 35 anos de atraso.

  6. Isto é treta deste criminoso, como nenhuma das estrategias dos eua funcionou e o seu impostor se está afundando e a ficar cada vez mais sem apoio popular, lança estas baboseiras a ver se alguem tem medo, mas os eua já nao metem medo a ninguem, só sabem ameaçar e chantagear, mas já ninguem liga.

  7. O lavrov anda a ver muitos filmes, se ele ainda nao sabe que a onu nao serve para nada, anda então neste mundo muito enganado. Desde quando os eua precisam da autorização da onu para atacar quem quer que seja??? Eles que vá aos arquivos da onu para ver se encontra as tais autorizações para inavdir e ocupar o iraque, e que procure as autorizações dos ataques à libia e à ocupação e aos bombardeamentos na siria, e já agora que procure a autorização da onu para os bombardeamentos à servia, Nao encontrou, ó que pena. Uma nação que lidera a lista de perigosos terrorista nao precisa de autorizações. A diferença é que a russia diz que faz e que acontece, e depois nada faz, os eua ameaçam e a maior parte da vezes concretiza.

  8. Não entendo como alguém pode dar crédito ao Sr. Pompeo, para publicar como dado adequirido aquilo que diz. Aliás não lhe cabe a ele decidir quais as eleições válidas ou não. As eleições Venezuelanas foram considerados por todos como exemplares até ao momento em que a oposição não conseguiu repetir a vitória na Assembleia Nacional. A partir daí e mesmo tendo ficado claro que tecnicamente eram praticamente jmpossíveis de manipular surgiram todas as acusações possíveis. E apesar da Fundação Carter do antigo Presidente Norte-americano ter afirmado que as eleições não foram fraudulentas – e ele não pode ser acusado de esquerdista – os EUA e seus apaniguados continuaram a tentar de tudo para legitimar o seu sátrapa, não conseguiram, partiram para o suposto apoio humanitário, falharam e eles próprios da oposição lhe pegaram fogo, como mostrou o próprio NY Times – insuspeito de Chavismo. Vieram agora com as supostas deserções militares e fuga de Maduro, mais uma vez mentiras e falsidades que em poucas horas ficaram demonstradas. Falta agora a intervenção militar Norte-americana que aliás Guaidó e Lopez, tão amigos do seu povo, não descartam – têm de lá chegar nem que seja através de estrangeiros a invadir o país – o que aliás não seria caso único com os EUA (Quem se terá esquecido da Guatemala de Arbenz, da Grenada de Bishop, ou mais recentemente das Honduras de Zelaia). O problema é que estão lá conselheiros militares russos, os tais que Pompeo exige que saiam antes dos EUA intervirem… É preciso desfaçatez.

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