O ministro da Defesa britânico, Gavin Williamson, foi demitido devido a uma fuga de informação relacionada com o grupo de telecomunicações Huawei e substituído por Penny Mordaunt.
Num comunicado, a primeira-ministra, Theresa May, fez saber que pediu a demissão a Gavin Williamson por ter “perdido a confiança na sua capacidade de servir no papel de ministro da Defesa e como membro do governo”.
Esta deliberação foi tomada após ter tido conhecimento da conduta do ministro, na sequência de uma investigação sobre as circunstâncias da divulgação não autorizada de informações de uma reunião do Conselho de Segurança Nacional.
A demissão é o resultado de informações publicadas pelo jornal The Daily Telegraph na semana passada de uma reunião do órgão, composto por ministros e altos funcionários de segurança e presidido pela primeira-ministra.
Na reunião, o governo teria decidido que iria permitir que a Huawei participasse de forma limitada no desenvolvimento da rede de telecomunicações móveis de quinta geração, mas em partes menos sensíveis, como antenas, ficando de fora do núcleo da rede.
Theresa May teria tomado a decisão, apesar das reservas manifestadas por vários membros do governo, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, o ministro do Interior, Sajid Javid, o da Defesa, Gavin Williamson, e o do Comércio Internacional, Liam Fox.
Em causa está a preocupação manifestada por responsáveis pela segurança de vários países com o uso de equipamento da Huawei nas redes de telecomunicações devido à alegada proximidade com o governo chinês e o potencial risco de ser usado para espionagem.
“A primeira-ministra agradece a todos os membros do Conselho de Segurança Nacional pela total cooperação e sinceridade durante a investigação e considera o assunto encerrado”, conclui o comunicado.
Para o lugar de Williamson foi nomeada Penny Mordaunt, que vai mesmo assim manter a pasta das questões da Mulher e da Igualdade. Rory Stewart, até agora secretário de Estado da Justiça, sucede a Mordaunt como ministro para o Desenvolvimento Internacional.
// Lusa