Há mais um caso de uma nomeação governamental que se cruza com relações familiares socialistas. Desta feita, a mulher de Pedro Delgado Alves, deputado e ex-líder da JS, e filha de Fernando Serrasqueiro, antigo parlamentar próximo de José Sócrates.
Mafalda Serrasqueiro foi designada chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa, Luís Goes Pinheiro, noticia a Visão.
A nomeação ocorreu em outubro, na altura em que António Costa operou a penúltima remodelação ao atual Executivo e Luís Goes Pinheiro ocupou o lugar de Graça Fonseca – que acabara de ser promovida a ministra da Cultura.
“Ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º, nos n.os 1 e 2 do artigo 11.º e no artigo 12.º do Decreto-Lei 11/2012, de 20 de janeiro, designo como Chefe do meu Gabinete a licenciada Mafalda Rodrigues Serrasqueiro“, pode ler-se no despacho assinado pelo secretário de Estado, que produziu efeitos a 17 de outubro do ano passado e que foi publicado a 14 de novembro.
Na nota curricular de Mafalda Serrasqueiro, de 34 anos, são sublinhadas as licenciaturas em Direito e Ciências da Comunicação, a pós-graduação Teoria e Prática Diplomáticas e a frequência do mestrado em Direito Constitucional.
No plano profissional, a mulher de Pedro Delgado Alves – que é vice-presidente do grupo parlamentar do PS – foi técnica da Galp Energia, assistente convidada da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e, também, técnica especialista e adjunta do gabinete da secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.
O gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa, em resposta à Visão, frisa que as nomeações de membros de gabinetes regem-se pelo decreto-lei n.º 11/2012, de 20 de janeiro, “que assegura que estes são livremente designados e exonerados por despacho do membro do Governo respetivo”.
Sobre esta nomeação em concreto, nota que “importa destacar” que Mafalda Serrasqueiro “possui as qualificações necessárias para o cargo de Chefe do Gabinete do Secretário de Estado da Modernização Administrativa, designadamente tem duas licenciaturas: em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e em Ciências da Comunicação, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa”.
Além disso, explica, “é docente universitária na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde é aluna do Mestrado Científico em Direito Constitucional, com média de 18 valores na parte curricular”. Sobre a relação com Pedro Delgado Alves, nada é referido.
Este caso surge na sequência de outros que envolvem dois dos chamados “jovens turcos do PS”. Na semana passada, foi revelado que Ana Catarina Gamboa, mulher do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, fora nomeada chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.
Também a mulher de Duarte Cordeiro, Susana Ramos, fora indicada pelo Governo, a 16 de janeiro, para a direção do Fundo para a Inovação Social (FIS). Na altura, o agora secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares era o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, onde coabitou com Susana Ramos, que fora diretora do Departamento para os Direitos Sociais.
Aí foi nomeada para coordenar a nova Unidade Nacional de Gestão da EEA Grants, uma estrutura recém-criada pelo Executivo sob tutela do então ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.
Pedro Delgado Alves foi secretário-geral da JS, tendo sucedido a Duarte Cordeiro. Antes disso, Pedro Nuno Santos havia chefiado aquela estrutura durante quatro anos. É deputado desde 2011 e, atualmente, desempenha também funções como presidente da Junta de Freguesia do Lumiar. Integra a Comissão Política Nacional do PS e a Comissão Política da Federação da Área Urbana de Lisboa, liderada por Duarte Cordeiro.
Já Fernando Serrasqueiro foi deputado em seis legislaturas, eleito sempre pelo círculo de Castelo Branco, desempenhou ainda as funções de secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor no primeiro Governo liderado por José Sócrates.
Mais uma extremamente competente e sem alternativa à altura!…
A Vergonha e o Nepotismo continua… e os eleitores a assistir…
Não se esqueçam de ir votar
Os politicos esperam-vos
A promiscuidade é uma instituição na politica Portuguesa…
Despudor nepotista, do CANECO.
Não se preocupem, porque nos “anteriores governos”, o partido chamado “AMIGUISMO” e social “PORREIRISMO” estiveram de mão dadas.
Foi assim no passado, é assim no presente, e será no FOREVER.
Para “eles”, até se incompetentes, a vida é sempre fácil. As portas não se abrem; escancaram-se!
eu pergunto-me é pq raio não roubam mais, pq raio não há ainda mais nepotismo.
é que a carneirada continua em maioria a ir votar e como tal continuam eternamente a darem o seu consentimento a esta pouca vergonha.
pq razão é que esta gentinha haveria de parar?
Não roubam mais porque não querem. Para que é que eles estão na política? Preocupação com o poveco??
Já não há um pingo de vergonha neste gajo cujo poder lhe caiu nos braços.
Isto é um reinado monárquico autêntico e até parece impossível para quem tantos elogios faz à república, neste caso parece ser das bananas!
Cada povo tem o que merece… e depois não lhes chamem burro… porque seria a maior e ultrajante ofensa que poderiam fazer ao quadrúpede, animal lindo, com um Q.I. muito superior ao humanoide, trabalhador, competente, útil e acima de tudo não rouba, não engana e não mente….
a lei permite. tal como nas epe, institutos, administraçao local, etc. sao aos milhares de casos c salarios, comissoes e subsidios chorudos. é a lei q temos, a lei q eles fazem.
Na administração local, então, é o fim da picada: a família, os amigos e até as amantes.
Para quando a entrada em funções dos cães e gatos das famílias xuxalistas?
Só vejo nestes comentários abjetos uma enorme vontade de desqualificar os êxitos deste tempo novo. A olhar para as sondagens parece-me que “os cães ladram mas a caravana passa”.
Bom domingo
Au…Au…Au
há relações familiares em todos os governos
estão a fazer tanto alarido por causa destes e esquecem-se dos que já lá passaram