No Porto, ganha-se em média 848 euros por mês. Com este rendimento, os casais que pretendam comprar casa conseguem obter um empréstimo bancário máximo de 160.458 euros a 40 anos e comprar um apartamento de 74 metros quadrados.
Se quiserem uma casa maior, o destino ideal é Paços de Ferreira. Com um salário mensal líquido de 508 euros, é possível adquirir uma casa maior – 169 metros quadrados. Vão necessitar de 24.023 euros para a entrada inicial.
Marco de Canaveses, Paredes, Trofa e Amarante são também concelhos onde se consegue viver “mais à larga”. 488 euros é quanto se ganha em Lousada. A pouco mais de 40 quilómetros do Porto, é o concelho com o salário médio mais baixo. Mas aqui é possível obter um empréstimo 92.364 euros e comprar uma casa com 151 metros quadrados.
Descendo à capital, nos dias que correm, encontrar um sítio para morar não é fácil. A escalada dos preços das casas dificulta a vida de quem quer comprar um apartamento. Em Lisboa, um casal que ganhe o salário médio em Lisboa consegue comprar uma casa com 52 metros quadrados.
Na cidade de Lisboa, um casal com um rendimento mensal conjunto de 2.016 euros consegue comprar uma casa de 52 metros quadrados. Mas precisa de ter poupado 47.684 euros para a entrada inicial, na expectativa de conseguir um financiamento máximo de 190.735 euros a 40 anos.
No distrito de Lisboa, é em Mafra que se ganha menos. O salário médio é de 571 euros. Ainda assim, com este rendimento é possível adquirir uma casa com as mesmas dimensões das de Oeiras.
Os dados são da plataforma ComparaJá.pt. De acordo com o Diário de Notícias, feitas as contas, é nos sítios onde se ganha menos que se consegue comprar uma casa maior. Por exemplo, no Cadaval, um casal que ganhe (cada um) 593 euros por mês consegue adquirir um apartamento com 199 metros quadrados; em Oeiras, com um salário médio de 1.076 euros, o máximo que vai conseguir são 78 metros quadrados.
O primeiro barómetro da Deco Proteste à capacidade financeira, divulgado recentemente, revelou que quase metade das famílias (46%) manifestam dificuldades em fazer face às despesas de habitação – pagamento de empréstimos e rendas.
O estudo mostra ainda que o índice de capacidade financeira em Lisboa e no Porto é de 45,7 e 45,3, respetivamente, valores que colocam as duas cidades no grau das dificuldades financeiras. Na hora de comprar casa, é essencial fazer o cálculo da taxa de esforço, que não deve ser superior a um terço do rendimento total do agregado familiar.