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Ethan vacinou-se sem a mãe saber. Agora, foi ao Congresso contar a sua história

Ethan Lindenberger vacinou-se sem a mãe saber quando fez 18 anos. Agora, o jovem foi ao Congresso norte-americano contar a sua história.

Ethan Lindenberger descobriu que a mãe era contra a vacinação quando se apercebeu que a progenitora preferia obter informações nos grupos anti-vacinação da igreja e na Internet do que com os próprios médicos. Por esse motivo, Jill Wheeler não queria que os seus filhos fossem vacinados.

Contra as ordens da mãe, Ethan decidiu seguir o conselho do médico de família e pôs as vacinas em dia. A valentia do jovem valeu-lhe um convite para falar no Congresso norte-americano na terça-feira. Durante a sua intervenção, o jovem defendeu a sua confiança e eficácia no programa de vacinação dos Estados Unidos.

“Cresci com uma mãe que acredita que as vacinas são perigosas e que falava abertamente sobre os seus pontos de vista tanto na Internet como pessoalmente”, explicou Ethan no Senado.

Ao comité de saúde, educação, trabalho e pensões do Senado, em Washington, o jovem contou como teve de se informar sozinho sobre as mais-valias da vacinação e como teve de lutar contra a perspetiva negativa dos pais. A decisão baseou-se não só na sua própria saúde, como também na dos outros.

Ethan procurou informação junto das autoridades sanitárias dos Estados Unidos, em organizações de saúde públicas e em revistas científicas e nunca desistiu de convencer a mãe. No entanto, cada vez que lhe mostrava as informações, só havia uma resposta: “Isso é o que eles querem que penses“.

“Há uma decisão importante a ser feita com a informação obtida. Há muitas pessoas não se relacionam bem com dados e números, mas sim através de histórias”, afirmou o norte-americano, defendendo que por detrás da perspetiva anti-vacinação, estão os fundamentos construídos entre os pais através da partilha de histórias e experiências.

“Isso fala muito para as pessoas porque reafirma, especialmente para minha mãe, que sua posição está correta”, referiu ainda, citado pelo Observador.

Sobre os perigos associados ao facto de não estar vacinado, Ethan frisou que, quando era mais novo, era encarado na escola como “uma ameaça à saúde“. “Isso empurrou-me ainda mais para obter as minhas vacinas, apesar das crenças da minha mãe, porque eu vi a ameaça como uma imposição dela.”

O The Guardian destaca que a audiência de Ethan Lindenberger surge depois de a Organização Mundial de Saúde ter alertado que as pessoas que escolheram não se vacinar tornaram-se numa ameaça à saúde em 2019.

Lindenberger falou juntamente com John Wiesman, secretário de Estado da saúde, John Boyle, presidente da Immune Deficiency Foundation e outros profissionais da saúde.

ZAP //

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