Alunos do privado vão criar bolsa de emprego online

Marcello Casal Jr. / ABr

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O novo presidente da Federação Nacional do Ensino Superior Particular e Cooperativo (FNESPC), Joel Pereira, quer aumentar a empregabilidade dos diplomados, travando a emigração, criando uma plataforma “online” para aproximar empresas, instituições de ensino e alunos.

O objetivo da plataforma é registar oportunidades de emprego, motivando contactos que se traduzam em contratos de trabalho e não apenas em estágios, explicou à Lusa o dirigente estudantil, após na sua tomada de posse como presidente da FNESPC, no Palácio da Bolsa, no Porto.

“É importante investir nos estudantes para evitar que saiam do país travando, assim, a alta taxa de emigração”, frisou Joel Pereira.

O dirigente estudantil defendeu um “diálogo sério e realista” em torno da empregabilidade, realçando que o país investe nos estudantes para, depois, os deixar “fugir” para o estrangeiro.

Joel Pereira, licenciado e mestrando em Direito na Universidade Lusíada do Porto, quer ainda combater o abandono escolar no ensino superior, motivado pelas dificuldades financeiras.

O académico, que estará à frente da organização estudantil durante um ano, quer, por esse motivo, criar um fundo de emergência social para impedir as desistências.

“Queremos apoiar os estudantes e diminuir os encargos financeiros das famílias”, disse.

Do Governo e das instituições de ensino superior, o novo presidente da FNESPC espera “políticas e medidas preventivas”, mas do lado dos estudantes, Joel Pereira disse querer mobilizar as associações que os representam para em breve ter disponível o fundo de emergência.

Joel Pereira sugeriu ainda uma alteração do modelo de apoio aos alunos, referindo exemplos vindos do norte da Europa, onde se apoia diretamente os estudantes, a quem se atribui uma verba anual que passam a ter a responsabilidade de gerir, à semelhança da entrega de um ‘voucher’ ou de um ‘cheque-ensino’.

Na atual conjuntura económica, o dirigente estudantil frisou que aumenta o número de estudantes a inscrever-se no ensino superior particular.

Dadas as dificuldades, os estudantes optam, cada vez mais, por uma universidade privada, em vez de ir estudar para fora de casa e pagar casa, alimentação e transportes, exemplificou Joel Pereira.

/Lusa

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