O Reino Unido prepara-se para grandes mudanças em 2019. Além de ter data marcada para deixar a União Europeia, vai barrar anúncios publicitários machistas no seu território.
Uma mulher que lava a louça ou passa o aspirador enquanto um homem vê televisão, sentado no sofá. Um pai incapaz de trocar corretamente a fralda do seu bebé. Uma mulher que não consegue estacionar. Todos estes estereótipos machistas serão barrados da publicidade britânica a partir de junho de 2019.
Um novo código de conduta foi publicado pela Advertising Standard Authority, a agência reguladora de publicidade do Reino Unido, que enumera estas e outras práticas proibidas. Os anúncios que não seguirem o novo código serão barrados, por constituírem uma ofensa “séria e generalizada”.
As novas normas serão aplicadas à publicidade difundida na televisão, no cinema, na imprensa, na Internet, nos cartazes e outdoors e estendem-se também aos posts patrocinados no Instagram e Youtube.
A regulação cabe às agências de publicidade, mas qualquer pessoa pode denunciar práticas adversas à agência reguladora, que abrirá uma investigação. Caso o anúncio em questão desrespeite as regras, será retirado do espaço público, seja físico ou virtual.
Os anúncios que sugerem que mudar o corpo dá mais oportunidades de sucesso amoroso serão proibidos, assim como aqueles que se apoiam em estereótipos sobre as diferenças de personalidade entre rapazes e raparigas. Haverá uma instância responsável, que avaliará cada caso, porque a apreciação de uma peça publicitária pode ser subjetiva.
Não ao rosa para meninas
O machismo na publicidade não é uma exclusividade britânica. Recentemente, em Paris, um anúncio gigante de uma marca de lingerie, afixado nas Galerias Lafayette, causou polémica.
No contexto do movimento #MeToo, este anúncio, em Paris, suscitou a indignação da Hélène Bidarda, secretária da prefeitura de Paris encarregada da igualdade entre homens e mulheres. No dia seguinte, as Galerias Lafayette retiraram o cartaz.
Segundo o diretor-geral da Autoridade de Regulação Profissional da Publicidade francesa, Stéphane Martin, para além das bases comuns para a ética publicitária, as empresas deveriam levar em conta o “clima” da sociedade atual. Um “clima” que tem as suas contradições, pois, ao mesmo tempo em que se defende a dignidade das pessoas, é contra todo e qualquer tipo de censura.
Em abril de 2016, a autoridade de regulação francesa já havia se pronunciado sobre estereótipos, dizendo que a publicidade não pode valorizar, mesmo que indiretamente, sentimentos ou comportamentos de exclusão, de intolerância e de machismo.
Em França, a União dos Anunciantes assinou ,este ano, com o Conselho Superior do Audiovisual, uma carta em que se compromete a lutar contra os estereótipos. A lista de recomendações inclui perguntas do tipo: “Temos mesmo de vestir todas as meninas de cor-de-rosa?”.
ZAP // RFI
Controlo da livre expressão, o retorno do fascismo onde o Estado decide o que pode ou não pode ser dito. Não falta muito para chegar a Portugal
Deveriam era acabar com os anuncios pa crianças, com os anuncios a fast food, com os anuncios a bancos e todo o resto de coisas que fazem mal directamente a crianças e ao resto da população e nao preocupar tanto com decisoes que as pessoas pessantes e inteligentes podem tomar por elas prorprias…
Mas então se não existem diferenças físicas e psicológicas entre ambos os sexos, porque não há mais mulheres a trabalhar na construção civil ou a recolher lixo nas ruas? Se calhar só somos “iguais” onde interessa e onde convém. Querem acabar com a consciência das diferenças fenotípicas, com a dinâmica familiar funcional e com a ordem social secular que nos levou ao sucesso cultural, tecnológico e cientifico de que hoje usufruímos. Querem afeminar os homens e masculinizar as mulheres. Tudo em nome desta ideologia parasítica globalista que só nos traz decadência e desinteresse pelo futuro. As jovens adolescentes são encorajadas desde cedo a embarcar no carrossel da promiscuidade e a seguir carreiras profissionais inúteis. Acordando mais tarde para a depressão e solidão de uma vida vazia e cheia de ressentimentos. Ser uma mãe tradicional num seio familiar funcional e contribuir para a renovação da população é algo demasiado retrogrado e “machista”… Não há tempo nem dinheiro para se “gozar a vida” e ter filhos ao mesmo tempo. Prefere-se subsidiar a adopção de migrantes aos milhões e esperar que esses nos substituam com os seus próprios genes e culturas. E se alguém ousar opor-se a essa solução genocida, aí já é toda uma outra história de “racismo”, “supremacia” e “extrema-direita”. É de facto muito triste ter de assistir impotente ao declínio do ocidente…
Só posso concordar.
Existirá coisa mais bela que o amor de uma mãe! pois acreditem que um pai jamais conseguirá igualar tal amor, este é genético e não humano.
Parabéns por conseguir sintetizar a situação e escapar a censuras. É o que se chama por os pontos nos ís.
Velho debate entre a livre expressão de ideias e o controle do Estado sobre tudo. Muito perigoso um grupo de pessoas decidir o que pode e o que não pode ser dito.
… a publicidade e a moda não são estereótipos?