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Marques Mendes quer demissão do presidente da Câmara de Borba

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PSD / Flickr

Luís Marques Mendes

Marques Mendes falou este domingo sobre o acidente na pedreira de Borba e apontou falhas políticas, dizendo que o presidente da Câmara daquela região já se devia ter demitido.

No “Jornal da Noite”, da SIC, Luís Marques Mendes analisou o acidente na pedreira de Borba, que fez dois mortos e três desaparecidos.

O comentador político sublinhou que Portugal é um país de contrastes. Por um lado, organiza a Web Summit, “exponente máximo da modernidade tecnológica” e, passadas poucas semanas, dá-se o “colapso de uma estrada que dá origem à morte de pessoas”. Marques Mendes considera que o acidente foi uma “falha do Estado”.

Para o comentador, a “falta de investimento público” é um dos maiores problemas, ao qual se juntam a manutenção e fiscalização. “Somos bons a fazer obra pública nova, mas falhamos sempre na conversação da obra pública que já existe”, disse.

Marques Mendes referiu ainda as “prioridades invertidas” do país. “Somos capazes de passar um tempo imenso a discutir coisas acessórias, como o IVA das touradas. Mas essa é uma questão que não é essencial. Só discutimos o que é essencial, como a segurança das nossas infraestruturas, quando há uma tragédia”, relembrou o comentador.

Em relação às responsabilidades criminais, Marques Mendes destaca que “o Ministério Público abriu, e bem, uma investigação”, mas que isso não basta. Para o comentador político, as instituições e os seus representantes devem dar o exemplo e assumir as suas responsabilidades.

“O presidente da Câmara já devia ter-se demitido ou deve demitir-se nos próximos dias. Quem está no topo da hierarquia tem de assumir as responsabilidades”, considerou Marques Mendes. “Só ele podia decidir encerrar” aquele troço, assegurando a “questão essencial da segurança dos cidadãos”, disse, citado pelo Expresso.

Quanto à atuação do primeiro-ministro, Marques Mendes considera que António Costa “age mal sempre” quando estão em causa tragédias e que repetiu a atuação dos incêndios. “António Costa não foi a Borba e devia ter ido”. Devia ter falado logo em vez de só falar ao terceiro dia “de uma forma fria, calculista”, afastando o Estado de qualquer culpa.

ZAP //

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