A morte de cinco pessoas, três adultos e duas crianças, em Fermentões, no concelho de Sabrosa, Vila Real, está a ser investigada pela Polícia Judiciária (PJ). Suspeita-se de uma intoxicação por monóxido de carbono numa casa sem “condições mínimas”.
As cinco vítimas – Maria Helena Vieira, de 44 anos, e o marido, António José Vieira, de 48 anos, o irmão gémeo deste, Carlos Vieira, e as filhas do casal, Beatriz, de 8 anos, e Catarina, de 14 anos – foram encontradas neste domingo, acreditando-se que terão morrido durante a madrugada de sábado, conforme revelou o comandante dos bombeiros de Sabrosa, José Barros.
As vítimas foram encontradas em dois quartos e na sala que fazia também de cozinha. A casa estava em obras. O casal trabalhava numa quinta no Douro, e ficava na residência durante o fim-de-semana, aproveitando para fazer as obras. O irmão gémeo do pai de família costumava passar esse período na habitação.
O comandante dos bombeiros de Sabrosa repara, em declarações divulgadas pelo Público, que a casa “não tinha condições mínimas”. “É inacreditável. As divisões são minúsculas, cheias de remendos, de material de construção”, salienta José Barros, notando que “não achava possível alguém viver daquela forma”.
As condições da habitação podem estar intimamente relacionadas com as mortes, segundo acredita o comandante dos bombeiros, frisando contudo que “não há certezas quanto às causas das mortes“.
Uma fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) confirmou à agência Lusa que as cinco mortes se devem a uma intoxicação por inalação de monóxido de carbono, devido a um gerador a gasolina que seria guardado no interior da casa.
Mas uma fonte da direcção da PJ ouvida pelo Correio da Manhã afastou esta possibilidade, notando que deverá tratar-se antes de um envenenamento com cogumelos.
O comandante dos bombeiros de Sabrosa não acredita nesta hipótese, considerando ao Público que “eram pessoas da terra, que conheciam bem os cogumelos“.
O presidente da Câmara de Sabrosa, Domingos Carvas, fala de uma situação “dramática”. e de “uma desgraça para a família, para a povoação, para o município”. O autarca espera também que o caso “sirva de alerta”, independentemente de ter sido devido à ingestão de cogumelos ou à inalação de monóxido de caborno.
A Junta de Freguesia está a prestar apoio psicológico, através do INEM e da Câmara, a familiares e amigos das vítimas.
ZAP // Lusa
E acabar com estas situações de extrema pobreza não é uma questão de civilização ?????
Isso não dá votos. Vivemos governados por ladrões