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Sobe para 41 o número de mortos na queda de viaduto em Génova

Luca Zennaro / EPA

Foi encontrado um carro completamente esmagado com três corpos no interior

O número de vítimas da queda do viaduto na cidade italiana de Génova subiu para 41, depois de os bombeiros encontrarem entre os blocos de cimento um veículo com três pessoas, um casal e a filha de nove anos.

Segundo os meios de comunicação locais, os corpos têm que ser ainda identificados, mas acredita-se que possa ser a família Cecala, da qual não havia notícias desde a passada terça-feira, quando um troço de cerca de 100 metros da ponte Morandi ruiu.

Estas três vítimas somam-se às 38 identificadas até ao momento, entre as quais se encontram três crianças, permanecendo ainda dois desaparecidos, segundo os dados da Proteção Civil.

O carro foi encontrado completamente esmagado por um enorme bloco de cimento que formava parte do pilar que desabou, na margem esquerda do rio Polcevera.

Itália cumpre neste sábado um dia de luto nacional e será celebrado um funeral de Estado por todas as vítimas, presidido pelo cardeal e arcebispo de Génova, Ángelo Bagasco, e com a presença do Presidente da República, Sergio Mattarella, e do primeiro ministro, Giuseppe Conte.

Um funeral envolto em polémica, já que 20 das famílias das vítimas decidiram não participar nas exéquias públicas e preferiram uma cerimónia privada. No local do acidente, as equipas de resgate continuam à procura de vítimas nos escombros.

Na quinta-feira, o procurador da cidade italiana de Génova, Francesco Cozzi, admitiu que poderão existir 10 a 20 pessoas ainda soterradas nos escombros.

O Governo de Itália já admitiu que será “inevitável” que o número de mortos aumente à medida que os trabalhos de resgate prosseguem no terreno.

Entre os 15 feridos contabilizados, 10 ainda permaneciam hospitalizados na sexta-feira, dos quais seis em estado grave.

O executivo italiano exigiu a demissão da direção da empresa Autostrade per l’Italia, filial da Atlantia e responsável pela gestão da ponte Morandi, bem como atribuiu parte da responsabilidade da tragédia às restrições orçamentais impostas pela União Europeia.

// Lusa

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