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Incêndio já está às portas de Monchique. Parte da vila evacuada

A frente de fogo do incêndio que deflagrou na sexta feira no concelho de Monchique, distrito de Faro, e que está mais próxima desta vila, já é visível da localidade algarvia. A Protecção Civil deslocou já mais de uma centena de pessoas, de forma preventiva.

O fogo está a progredir na encosta sudeste da vila de Monchique, para onde várias colunas de meios terrestres de combate foram deslocalizadas, para tentar travar as chamas, que avançam potenciadas pelas repentinas mudanças de direção do vento, pelas temperaturas elevadas e pela baixa humidade.

As chamas estarão a menos de um quilómetro da vila. A frente de fogo do incêndio que deflagrou na sexta feira no concelho de Monchique, distrito de Faro, e que está mais próxima desta vila, já é visível da localidade algarvia.

Na zona existem várias casas dispersas, e com a chegada da noite os meios aéreos deixaram de poder operar, complicando ainda mais o combate ao fogo.

O incêndio que lavra há mais de dois dias no concelho de Monchique, era combatido, pelas 20:00 de hoje, por 810 operacionais, apoiados por 226 veículos, oito máquinas de rasto e nove meios aéreos, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Habitantes deslocados

Por volta das 21h00, a GNR começou a pedir aos habitantes de zonas limítrofes da vila para abandonarem as suas casas e dirigirem-se para a escola situada no centro da localidade, junto às piscinas municipais.

No entanto, de acordo com testemunhas no local citadas pela Renascença, algumas pessoas começaram a fugir, mesmo antes de as autoridades o pedirem, com medo das chamas.

Num ponto de situação, feito em conferência de imprensa, o comandante Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, Vaz Pinto, deu conta de que tinham sido deslocadas mais de uma centena de pessoas, de forma preventiva.

Vaz Pinto explicou que a Proteção Civil retirou 110 pessoas, 79 das quais em dez sítios e lugares no concelho de Monchique e 31 em cinco sítios no concelho de Odemira. Por outro lado, tinham sido assistidos 30 operacionais, com sintomas relacionadas com o calor e com o fumo, informou ainda o comandante operacional.

Proteção Civil admite existência de casas ardidas

O comandante operacional nacional da Proteção Civil, Duarte da Costa, admitiu esta noite a possibilidade de haver casas queimadas no fogo que lavra desde sexta-feira no concelho de Monchique, no distrito de Faro.

Este fogo, que está ativo desde as 13:30 de sexta-feira, obrigou esta noite à retirada da população para o centro da vila, por questões de segurança.

“Num conjunto de pequenas povoações ao longo do incêndio, pode ter havido casas isoladas que podem ter sofrido as ações das chamas”, disse o comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil em conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), em Carnaxide.

UE acompanha incêndio e está “pronta para ajudar”

O comissário europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides, declarou hoje que a União Europeia está a acompanhar atentamente a situação do incêndio na zona de Monchique, distrito de Faro, e está “pronta para ajudar”.

Na rede social Twitter, o comissário indicou também que “Portugal pediu a produção pelo Serviço Copérnico de Gestão de Emergências de mapas satélite dos incêndios que estão a afetar a zona de Monchique”.

O incêndio no concelho de Monchique deflagrou na sexta-feira, por volta das 13:30, na localidade de Perna da Negra, e consumiu até agora uma vasta área florestal e alguns barracões de apoio à agricultura.

As chamas, que estão a ser combatidas por mais de 900 operacionais, com apoio de 265 viaturas, estavam hoje, pelas 22:00, à entrada da vila de Monchique, com as autoridades a obrigarem à evacuação de várias habitações nas imediações de Monchique.

O Plano Municipal de Emergência está activado desde a madrugada de sábado.

ZAP // Lusa

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