Investigadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, apresentaram o novo mais pequeno computador do mundo: a máquina tem apenas um décimo do tamanho da antiga recordista, fabricada pela IBM.
Em março deste ano, a IBM roubou o troféu à Universidade de Michigan, com a criação de um computador que tinha o tamanho de um grão de sal grosso. Não satisfeita, a Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, não baixou os braços perante esta rivalidade e conseguiu, de novo, criar o menor computador do mundo.
Agora, o mais pequeno computador do mundo tem apenas 0,3 mm de espessura, sendo muito menor do que a ponta de um grão de arroz, adianta o CanalTech.
David Blaauw, investigador da universidade norte-americana, explica que para que uma máquina seja classificada como um computador, deve manter os dados de programação sem que seja alimentada por um dispositivo externo. No entanto, quer o projeto da IBM como o da Universidade de Michigan não cumprem esse requisito, já que perdem os dados quando são desconectados da energia.
Ainda assim, o especialista acrescenta que esta é apenas uma questão de opinião no que toca à categorização destas máquinas como “computadores“, isto porque, na verdade, apesar de precisarem de uma fonte de energia externa, estas criações contam com RAM, energia fotovoltaica, recetores e transmissores sem fio.
Além disso, por ser minúsculo, o computador microscópico não pode ter antenas de rádio normais. Em vez disso, este aparelho faz a transferência de dados através de uma luz visível fornecida por uma base, que faz também a alimentação da energia.
Os investigadores da Universidade de Michigan acreditam que este pequeno mas poderoso computador pode ser útil na medição de temperatura na área oncológica, onde pode ser utilizada para solucionar questões sobre calor em tumores.
“Quando criámos o nossos sistema milimétrico não sabíamos exatamente para que seria útil. Mas, uma vez publicado, começamos a receber dezenas e dezenas de sugestões”, disse Blaauw.
Certo é que, independentemente de poderem ser chamados de computadores ou não, estes nanodispositivos podem vir a ter usos muito amplos e extremamente úteis, especialmente na área da medicina, na qual os sensores de precisão não-obstrutivos podem ajudar na descoberta de novas informações sobre doenças.
Caros Senhores ZAP,
No último parágrafo, pode ler-se: “Certo é que, independentemente de poderem ser chamados de computadores ou não, estes nanodispositivos podem vir a ter usos muito amplos e extremamente úteis […]”.
A frase tem uma imprecisão: Se o dispositivo é do tamanho da ponta de um grão de arroz, resulta claro, que é visível a olho nu. Ora, um nanómetro corresponde a 0,001 do micrómetro, que por sua vez corresponde a 0,001 do milímetro, que por sua vez corresponde a 0,001 do metro. Ou seja: 1 nanómetro = 0,000000001 metros. Impossível, portanto, ser visível a olho nu e, por conseguinte, não opera numa escala nanométrica. Como proposta de correcção, limitar-me-ia a omitir o prefixo “nano”.