A rede social Twitter suspendeu nos últimos dois meses mais de 70 milhões de contas, suspeitas de propagar informações falsas, no âmbito da luta contra atividades criminosas, divulgou o jornal Washington Post.
Segundo o jornal norte-americano Washington Post, que cita informações confirmadas pelo Twitter, a média de suspensões de contas supera o milhão por dia, mas teve um pico em meados de maio, quando mais de 13 milhões de contas suspeitas foram suspensas numa única semana. A tendência manteve-se em junho, segundo o jornal.
As principais redes sociais, Facebook e Twitter à frente, colocaram em prática regras mais rígidas para as publicações políticas, depois de fortes críticas a propósito da inércia das redes face à proliferação de informações falsas durante a campanha eleitoral dos Estados Unidos de 2016.
Em muitos casos as mensagens eram colocadas por “bots”, contas automáticas ou contas baseadas na Rússia.
Em maio, o Twitter anunciou a entrada em vigor de novas regras para os anunciantes políticos, que deverão fornecer documentos autenticados, provando que estão nos Estados Unidos. Para as eleições parlamentares de novembro os candidatos terão de ser claramente identificados.
Em fevereiro, a justiça americana acusou 13 cidadãos russos de terem participado “numa guerra de informação contra os Estados Unidos” nas redes sociais, exacerbando as tensões raciais e políticas durante a campanha eleitoral para favorecer o candidato republicano, Donald Trump, e denegrir a candidata democrata, Hillary Clinton.
O procurador especial Robert Mueller investigou a possível associação da equipa de campanha de Trump com responsáveis russos para favorecer a eleição do atual Presidente, algo que Donald Trump nega.
“O Twitter está a livrar-se de contas falsas a uma velocidade recorde“, escreveu o Presidente dos Estados Unidos na rede social, que usa diariamente, perguntando-se se o New York Times e o Washington Post, dois jornais que critica com regularidade, também fariam parte do lote. Segundo vaticina o presidente norte-americano, ambos os jornais vão encerrar em menos de 7 anos.
// Lusa