Depois de se ter entregue à polícia, Harvey Weinstein saiu em liberdade, com pulseira eletrónica, após pagar 860 mil euros de fiança.
O produtor norte-americano Harvey Weinstein, que esta esta sexta-feira se entregou à polícia de Manhattan, saiu em liberdade, com pulseira eletrónica, após pagar 1 milhão de dólares, cerca de 860 mil euros.
Segundo o Departamento de Polícia de Nova Iorque, o produtor está acusado de crimes sexuais envolvendo separadamente duas mulheres. Ao que a CNN apurou, o produtor foi acusado de violação em primeiro e terceiro grau num dos casos, e de ato sexual de relevo em primeiro grau no outro.
Harvey Weinstein, de 66 anos, entregou-se esta sexta-feira às autoridades em Nova Iorque no âmbito de uma investigação judicial sobre agressões e abuso sexual, tendo saído em liberdade com pulseira eletrónica e depois de pagar uma caução de um milhão de dólares. Está proibido de sair dos estados de Nova Iorque e Connecticut.
Este é o primeiro caso judicial contra Harvey Weinstein, sete meses depois de várias denúncias de alegados abusos sexuais e má conduta de dezenas de mulheres no meio da indústria cinematográfica de Hollywood e que desencadeou o movimento internacional #MeToo.
Segundo a Associated Press, um dos casos que levaram, esta sexta-feira, à acusação do produtor remonta a 2004 e estará relacionado com uma queixa apresentada por Lucia Evans, uma atriz estreante na altura, que afirma que o produtor a forçou a fazer-lhe sexo oral.
O advogado de Weinstein, Benjamin Brafman, escusou-se a comentar as acusações, mas anteriormente tinha dito que o produtor nega qualquer alegação de “sexo não consentido”.
No total, mais de uma centena de mulheres testemunhou que o produtor de Hollywood tinha abusado sexualmente delas, um escândalo que desencadeou a campanha #Time’sUp, que levou à queda de centenas de homens em lugares de poder de numerosos setores.
Depois das primeiras denúncias, em outubro passado, Weinstein foi afastado da empresa norte-americana Weinstein Company, que cofundou, e banido de várias associações.
ZAP // Lusa