Esta terça-feira, uma pessoa morreu e sete ficaram feridas depois de o motor de Boeing 737 da Southwest Airlines ter explodido e partido a janela.
O incidente provocou um morto e sete feridos ligeiros e poderá ser consequência da explosão de um dos motores da aeronave, teorizou um antigo investigador ouvido pela agência AP, que diz que os estilhaços resultantes dessa explosão poderão ter atingido o avião.
A morte de uma pessoa foi confirmada por Robert Sumwalt, presidente do Conselho para a Segurança nos Transportes Nacionais (NTSB).
No entanto, os passageiros adiantam que uma mulher foi parcialmente sugada para fora do avião pelo buraco aberto na fuselagem pelos destroços que embateram na aeronave, que, segundo os relatos, danificaram uma das janelas próximas do motor que terá explodido.
Segundo um dos passageiros, a mulher em questão teve o corpo fora do avião “da cintura para cima”, tendo sido necessária a intervenção de dois outros passageiros para conseguir puxá-la para o interior.
A mulher foi, entretanto, identificada como uma executiva bancária do Novo México, mãe de duas crianças, pelo diretor da escola católica de Albuquerque frequentada pelos filhos, num e-mail enviado aos pais dos alunos. Segundo o The Telegraph, Jennifer Riordan, a vítima mortal, era vice-presidente da Wells Fargo.
A mulher em questão é a primeira vítima fatal de um acidente de aviação nos EUA com uma companhia norte-americana desde 2009, refere a AP.
O Boeing 737 partiu do aeroporto de LaGuardia, em Nova Iorque, e dirigia-se para Dallas, de acordo com um responsável dos bombeiros de Filadélfia, que adiantou ainda que havia uma fuga de combustível num dos motores quando os bombeiros chegaram junto do avião e que um pequeno incêndio que deflagrou foi rapidamente controlado.
De acordo com um departamento federal de aviação o avião aterrou depois de a tripulação ter reportado estragos num dos motores, na fuselagem e em pelo menos uma das janelas.
Um dos passageiros publicou fotografias no Facebook que mostravam estragos numa janela junto ao motor do avião, refere a AP.
Alguns passageiros relataram à AP os momentos de tensão e medo vividos antes da aterragem, depois de se ter ouvido um estrondo e de se terem soltado as máscaras de oxigénio, que todos os passageiros colocaram.
A falha do motor foi semelhante a outra ocorrida em agosto de 2016 com outro avião da mesma companhia aérea, um Boeing 737-700, que voava de Nova Orleães para Orlando, na Florida.
Nesse incidente, os estilhaços do motor deixaram um buraco acima da asa do avião e nessa altura também as máscaras de oxigénio se soltaram do teto da aeronave, tendo os pilotos conseguido aterrar em segurança em Pensacola, na Florida.
A companhia aérea adiantou que o avião transportava 143 passageiros e cinco tripulantes, a maioria dos quais saiu pelo próprio pé para a pista do aeroporto depois da aterragem, que aconteceu pelas 11:20 locais – 16:20 em Lisboa.
Depois do incidente, a Mashable disponibilizou o áudio que reporta a conversa entre o piloto e controlo de tráfego aéreo, o piloto da aeronave permanece calmo durante o incidente, notando que o avião não estava a arder, mas tinha apenas um motor em funcionamento.
“Sim, perdemos uma parte do avião também, temos que desacelerar”, informa o piloto. No áudio, o piloto pede ao controlo de tráfego que envie médicos para a pista de aterragem porque “há um buraco e alguém foi sugado“. Perplexo, o técnico responde: “Desculpe, disse que alguém foi sugado?”.
ZAP // Lusa