Meios de comunicação brasileiros relatam que testemunhas do assassinato de Marielle terão sido orientadas a deixar o local do crime pela Polícia Militar sem serem ouvidas.
As duas testemunhas em causa revelaram que ficaram no local do crime até à chegada da polícia, mas quando as autoridades lá chegaram ordenaram a retirada de todas as testemunhas sem que fossem ouvidas.
A denúncia pariu de uma reportagem do jornal O Globo, que revela novos detalhes sobre a execução da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes.
A informação baseia-se no relato de duas testemunhas que não foram ouvidas pela polícia e que afirmaram que as autoridades, ao chegar ao local, ordenaram a retirada de todas as testemunhas.
Em separado, ao Globo as duas testemunhas deram a mesma versão dos acontecimentos, que inclui detalhes sobre o momento da abordagem, a rota de fuga e as características físicas do autor dos disparos que atingiram mortalmente a vereadora e o motorista.
Segundo os relatos daquelas testemunhas, o carro onde seguia o assassino terá bloqueado o veículo conduzido por Anderson, onde também se encontrava Marielle e uma assessora parlamentar. O carro quase terá subido a calçada, relatam. Ambas disseram também só terem visto um veículo no momento dos disparos.
Esta informação última contrasta com as imagens das câmaras de vigilância que sugerem que dois veículos perseguiram o carro onde estava Marielle.
As testemunhas alegam ter visto um homem negro sentado no banco de trás do carro do assassino. O homem terá colocado fora do veículo uma arma de cano alongado e, segundo os relatos, o armamento parecia ter um silenciador.
As duas pessoas ouvidas pelo jornal O Globo afirmaram que o carro usado pelos criminosos deu uma guinada e fugiu. Além disso, as testemunhas contrariaram a teoria formulada até então, que previa uma rota de fuga pela Rua João Paulo Primeiro, ao dizerem que o carro terá seguido pela Rua Joaquim Palhares, perpendicular à rua teorizada.
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