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Rui Rio rejeita hipótese de Bloco Central

Miguel A. Lopes / Lusa

O presidente recém eleito do PSD, Rui Rio, discursa durante a abertura do 37.º Congresso Nacional do PSD

O presidente eleito do PSD, Rui Rio, afirmou esta sexta-feira que o objetivo do partido é “sempre ganhar” e rejeitou qualquer hipótese de Bloco Central.

O líder eleito do PSD, Rui Rio, defendeu esta sexta-feira que o partido deve saber pôr os interesses do país em primeiro lugar de forma a resolver “estrangulamentos estruturais que nenhum partido está capaz de resolver isoladamente”.

“Um partido que põe o país em primeiro lugar é um partido disponível para, em nome do superior interesse nacional, procurar dialogar e resolver com outros, o que sozinho jamais conseguirá com a indispensável eficácia”, defendeu Rui Rio, no seu discurso inaugural no 37.º Congresso do partido.

Para o líder eleito, honrar o princípio do fundador Francisco Sá Carneiro, de pôr Portugal em primeiro lugar, “é justamente ter esta postura e não o seu inverso”.

“Os partidos existem para servir o país, não existem para dar corpo às suas pequenas tácticas, nem aos interesses dos seus dirigentes. Nada deve condicionar a melhor decisão por Portugal”, apontou.

Na parte final da sua intervenção, e a mais aplaudida do seu discurso inaugural no 37.º Congresso do PSD, Rio afirmou que os que falam de um Bloco Central “perdem tempo com o sexo dos anjos: Perdem tempo com o que não existe nem existirá“.

“Uma coisa é estarmos disponíveis para dialogar democraticamente com os outros e cooperarmos na busca de soluções para os graves problemas nacionais, que, de outra forma, não é possível resolver. Coisa diferente é estarmos disponíveis para nos subordinarmos aos interesses dos outros”, acusou.

Miguel A. Lopes / Lusa

O presidente recém eleito do PSD, Rui Rio, discursa durante a abertura do 37.º Congresso Nacional do PSD

No seu discurso inaugural no 37.º Congresso do PSD, Rui Rio afirmou a vontade de “vencer as três eleições de 2019, sejam elas regionais, para o Parlamento Europeu ou para a Assembleia da República”.

“O PSD apresentar-se-á aos portugueses como uma alternativa forte e credível a esta governação presa à extrema-esquerda”, assegurou.

No seu discurso, Rui Rio sublinhou que o PSD “é um grande partido de poder”: “Por isso, o seu objetivo é sempre ganhar. Sempre que nos candidatamos, o nosso imperativo é sermos os primeiros”, afirmou, na passagem que mais aplausos recolheu e que levou alguns congressistas a gritarem “PSD, PSD” de pé.

Para o novo líder do PSD, o “tempo é o melhor juiz” e será ele a valorizar o trabalho de Passos Coelho à frente do Governo PSD/CDS-PP, durante o período da ‘troika’.

Ao seu adversário nas eleições internas, Santana Lopes, elogiou o “ato de militância ativa e empenhada”, afirmando que a “vitória de qualquer vencedor pertence sempre aos seus adversários” porque “sem eles a vitória não tem nunca a força e a dimensão que só uma difícil disputa eleitoral consegue dar”.

Parte da minha vitória é, também, do Pedro Santana Lopes e daqueles que estiveram de forma digna e sincera com a sua candidatura”, disse.

Os congressistas aplaudiram, mais uma vez, de pé a referência a Santana Lopes, que está sentado na primeira fila da sala, junto a Pedro Passos Coelho, e que será cabeça de lista ao Conselho Nacional proposto por Rio, numa candidatura apresentada de unidade.

E foi nesta parte do discurso ao congresso que o líder eleito fez a referência ao CDS, parceiro do PSD no anterior Governo. “Fomos chamados a cumprir patrioticamente um exigente programa de austeridade, desenhado e negociado por outros, pelos que meteram o país no buraco financeiro mais negro do pós-25 de Abril”, afirmou.

O 37.º Congresso Nacional do PSD começou esta sexta-feira à noite no Centro de Congressos de Lisboa e prolonga-se até domingo, com a eleição dos novos órgãos nacionais sob a liderança de Rui Rio.

// Lusa

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