/

Poiares Maduro diz que impostos europeus não são ideia de Costa

3

portugal.gov

Miguel Poiares Maduro

O antigo ministro do PSD/CDS, Miguel Poiares Maduro, afirma que “os impostos ‘sugeridos’ por António Costa não são, na verdade, sugeridos por ele”.

A paternidade dos novos impostos a serem criados para ajudar a financiar o Orçamento comunitário está posta em causa.

António Costa sugeriu, no início desta semana, a criação de novas formas de financiamento europeu para que a participação de cada Estado-membro para o Orçamento comunitário seja de 1,2 – fontes essas que passam pela criação de três novos impostos, que serão propostos formalmente a 23 de fevereiro.

Esta segunda-feira, também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, se pronunciou acerca do assunto, afirmando que o “Governo português, tal como o francês, espanhol, italiano, propõe novos impostos sobre determinado tipo de transações muito específicas, mas podem dar receitas muito significativas para compensar o que se pode perder no orçamento comunitário”.

Esta perda resulta da ausência da contribuição do Reino Unido por causa do Brexit.

De acordo com o Eco, a “paternidade do imposto” é posta em causa por Poiares Maduro que, na terça-feira, assegurou que o “primeiro Estado membro a propor formalmente a substituição das transferências dos orçamentos nacionais por verdadeiros recursos próprios foi Portugal”.

No entanto, o ex-ministro lança a discórdia afirmando que não terá sido agora, por António Costa, mas sim pelo “Governo da anterior legislatura em Junho de 2015″.

“Da mesma forma que também foi nesse documento, apresentado publicamente por Passos Coelho, que se propunha a criação do FME, conclusão da União Bancária, etc; tudo matérias que parecem ter sido trazidas para o debate por Macron e agora o atual governo português fez suas”, acrescenta Poiares Maduro num post publicado no Facebook.

Para o antigo ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional de Passos Coelho, “os impostos ‘sugeridos’ por António Cota não são, na verdade, sugeridos por ele, nem sequer por outros Estados-membros, mas sim no relatório do grupo de alto nível criado para esse fim e dirigido por Mário Monti“, antigo primeiro-ministro italiano.

“O imposto sobre as transações financeiras já tinha sido, aliás, objeto de discussão e obtido acordo de vários Estados incluindo Portugal (também com o anterior governo)”, alega Poiares Maduro. O imposto sobre o digital “é uma ideia interessante mas tecnicamente muito difícil”, refere.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

3 Comments

  1. É pá, isto anda mesmo mau lá para o lado dos laranjas; agora até querem reivindicar a criação de três novos impostos heheheheh.
    Seja como for, concordo com a ideia apresentada para a criação dos referidos.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.