Prevê-se que a chegada a Portugal da Amazon será oficializada até ao final do primeiro trimestre e o Porto poderá ser a cidade eleita para acolher a retalhista online.
Segundo o Jornal de Negócios, a próxima tecnológica a anunciar um investimento em Portugal deverá ser a Amazon. Depois de António Costa ter anunciado a criação de 500 postos de trabalho através da aposta da Google em Portugal, a gigante norte-americana prepara-se também para ocupar terreno.
A Amazon, que já tinha demonstrado interesse em investir em Portugal desde 2016, já está até a negociar um espaço no Porto, estando em fase de conversações com o município, podendo instalar-se na zona nobre da Boavista, avança o JN.
A empresa, por sua vez, disse ter uma política de longa data de não comentar rumores ou especulações”. A Câmara do Porto também não quis pronunciar-se sobre esta matéria, assim como o Ministério da Economia.
Em Agosto, o Diário de Notícias dava conta de uma nota do CaixaBI que elevava a possibilidade da entrada da Amazon em Portugal num curto prazo. Uma suspeita sustentada, segundo o mesmo jornal, pelo banco de investimento com “os planos anunciados pela Amazon de abrir uma plataforma logística de dimensão considerável em pleno centro da Península Ibérica”.
Este investimento virá colmatar a falha de uma presença direta em território português, uma vez que quem acede à Amazon é automaticamente redirecionado pata a Amazon.es.
Em novembro de 2016, a gigante norte-americana tentou contornar a questão lançando uma ferramenta denominada Marketplace para as pequenas e médias empresas portuguesas poderem disponibilizar os seus produtos em cinco sites da Amazon: Espanha, Reino Unido, Alemanha, França e Itália. Portugal foi o terceiro país onde a gigante lançou esta ferramenta, depois da Holanda e da Polónia.
Em novembro de 2017, a empresa fundada por Jeff Bezos anuncia outra novidade que reforça o “apetite” por Portugal: decidiu que os clientes da Amazon.es em Portugal passavam a usufruir de entregas gratuitas em alguns produtos.
“A Amazon acaba de anunciar que os clientes portugueses podem agora receber gratuitamente milhões de produtos diretamente vendidos ou expedidos pela Amazon.es. A partir de hoje, a Amazon.es eliminará os custos das entregas ‘standard’ para Portugal em encomendas superiores a 29 euros, assim como em encomendas de livros superiores a 19 euros”, lia-se numa nota publicada a 8 de Novembro e dirigida especificamente a Portugal.
A decisão de eliminar os custos das entregas para Portugal poderá, assim, ter sido o primeiro passo para a empresa recolher mais informação sobre o interesse dos portugueses na plataforma, nomeadamente os segmentos de produtos mais procurados. Já antes, Portugal tinha sido incluído na lista de países para a expansão do Amazon Prime Video. Este serviço, rival do Netflix, chegou a Portugal em Dezembro de 2016.