As duas Coreias decidiram esta quarta-feira desfilar juntas sob uma bandeira unificada na Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, que acontece a 9 de fevereiro em PyeongChang, de acordo com um comunicado conjunto.
A medida foi definida hoje, numa reunião realizada na fronteira entre os países, precisamente, para debater a participação norte-coreana no evento polidesportivo. Este sábado, o Comité Olímpico Internacional (COI) vai dar a palavra final sobre o assunto.
Esta será a primeira vez que as duas Coreias, que, tecnicamente, estão em guerra há mais de 65 anos, caminham juntas desde os Jogos de Inverno realizados em Turim, Itália, em 2006. Antes, o desfile aconteceu nos Jogos de Verão, nas edições de Sydney, na Austrália, em 2000, e Atenas, na Grécia, em 2004.
Além disso, os representantes dos países decidiram formar uma equipa unificada de hóquei feminino sobre o gelo, apesar das críticas na Coreia do Sul, de discriminação das jogadoras locais, em detrimento das norte-coreanas, que não se classificaram para os Jogos.
Esta é a terceira vez que acontece uma aliança para formar uma equipa desportiva. Em 1991, houve uma só Coreia no Campeonato Mundial de Ténis de Mesa, realizado no Japão, e no Campeonato Mundial sub-20 de futebol, disputado em Portugal.
Hoje, representantes das duas Coreias encontraram-se para discutir detalhes sobre o evento.
O regime liderado por Kim Jong-un propôs que a delegação do país viaje por terra, através da passagem situada na faixa ocidental da fronteira, utilizada para o funcionamento do polígono intercoreano de Kaesong, fechado desde 2016, divulgou o Ministério de Unificação sul-coreano.
Durante as conversas, ambas as partes discutiram também a possibilidade de realizar atos culturais conjuntos no Monte Kumgang e também na estação de esqui de Masikryong, ambos pontos em território norte-coreano.
// EFE