Para minerar criptomoedas, é preciso gastar uma quantidade imensa de energia. Mas, na Holanda, já existe um local onde as pessoas podem doar o calor corporal para que seja transformado em energia elétrica com a finalidade de minerar moedas virtuais.
O local chama-se Institute of Human Obsolescence, e a ideia surgiu com o objetivo de tentar juntar o útil ao agradável: combater as previsões que apontam para ondas de desemprego futuras causadas pelo avanço da tecnologia ,especialmente num cenário em que as criptomoedas estão se popularizando imensamente.
Então, por que não permitir que as pessoas usem os próprios corpos para colaborar para com a mineração das moedas virtuais, enquanto ganham dinheiro com o serviço?
Apesar de a ideia de humanos a servir de baterias orgânicas a favor da tecnologia seja algo que remeta a guiões de ficção científica, a ideia é louvável caso realmente permita que a atividade se torne um trabalho remunerado e voluntário.
Um corpo adulto pode gerar cerca de 100 watts sob repouso, e 80% dessa energia é desperdiçada.
Portanto, o Instituto deseja precisamente armazenar esse excesso de energia que produzimos enquanto inertes, com o objetivo de minerar criptomoedas.
O pessoal do instituto explica que “os humanos estão se a tornar seres obsoletos para realizar trabalhos mecânicos, por isso, os avanços na inteligência artificial também vão afetar as possibilidades de sermos trabalho útil ao realizar tarefas intelectuais”.
Sendo assim, em vez de bater de frente com um futuro inevitável, melhor é abrir as portas para novas atividades para os seres humanos na sociedade tecnológica.
Ainda de acordo com a equipa, cerca de 1.700 KW de eletricidade podem ser gerados apenas com o calor humano da população holandesa, e o calor é recolhido através de um fato especial que conta com geradores termoelétricos, que, por sua vez, convertem o calor em energia utilizável.
Com essa energia, um computador ligado ao fato faz a mineração das criptomoedas. De momento, já 37 pessoas doam a energia para o projeto, sendo responsáveis pela geração de 17 mil moedas, incluindo Vertcoin, Starcoin e Ethereum.
ZAP // Canal Tech / Medium/Paratii