O presidente da Itália, Sergio Mattarella, anunciou hoje a dissolução do Parlamento italiano, o que abre caminho à convocação de novas eleições legislativas no país.
A decisão foi comunicada após reuniões entre Sergio Mattarella e o primeiro-ministro, Paolo Gentiloni, e os presidentes da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini, e do Senado, Pietro Grasso.
Em sete décadas de democracia, a Itália já teve 64 governos. Desde 2013, a Itália teve três primeiros-ministros: Enrico Letta, Matteo Renzi e Paolo Gentiloni, todos do Partido Democrata (PD).
O chefe de Estado italiano “assinou o decreto de dissolução do Senado e da Câmara dos Deputados”, indicou a presidência italiana em comunicado. O anúncio da presidência lança oficialmente a campanha para as eleições legislativas, previstas para março.
Ao início da tarde, o chefe do governo de centro-esquerda, Paolo Gentiloni, foi ao Palácio do Quirinal, residência oficial do Presidente, para lhe anunciar que, com a aprovação do orçamento para 2018, os trabalhos do Parlamento, eleito em fevereiro de 2013, estava terminado.
Tal como é de regra, Mattarella recebeu em seguida o presidente do Senado, Pietro Grasso, e a presidente da Câmara dos Deputados, Laura Baldrini, para lhes dar a conhecer a intenção de dissolver as duas câmaras.
Gentiloni regressou então ao Quirinal para assinar também o decreto de dissolução, antes de regressar ao Palácio Chigi, sede do chefe de Governo italiano, para presidir ao conselho de ministros.
Paolo Gentiloni é o terceiro chefe de governo nesta legislatura, depois de Enrico Letta e Matteo Renzi, e deverá manter-se en funções até à constituição do novo parlamento. O seu mandato poderá, no entanto, prolongar-se, caso os resultados relancem a incerteza na política italiana.
O espetro político italiano tem agora três forças pouco inclinadas a coligações – uma à direita, outra à esquerda e uma terceira, os populistas do movimento Cinque Stelle (Cinco Estrelas) – o que poderá deixar o parlamento sem uma maioria clara.
// Lusa