Os conservadores no poder em Varsóvia criaram uma comissão parlamentar para analisar a dimensão das reparações ligadas à Segunda Guerra Mundial que querem exigir à Alemanha, anunciou hoje o presidente desta comissão.
“Queremos começar um trabalho no parlamento polaco que vai conduzir a uma análise do montante estimado que a Alemanha deve à Polónia”, declarou Arkadiusz Mularczyk, o presidente da comissão, à agência noticiosa polaca PAP.
O deputado, eleito pelo partido conservador Direito e Justiça, PiS, acrescentou que a análise não tinha prazo fixado para ser concluída.
A questão das reparações de guerra alemãs, consideradas encerradas desde há anos, foi relançada em 28 de julho pelo chefe do partido conservador nacionalista no poder, Jaroslaw Kaczynski. Antes, neste mês, a primeira-ministra polaca, Beata Szydlo, também do PiS, considerou que o seu país tinha direito a reparações.
O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, respondeu então que a questão foi resolvida quando em 1953 a Polónia “tomou a decisão vinculativa de renunciar à exigência de novas indemnizações de guerra”. Mas o governo conservador polaco contesta a validado de acordo de 1953, que, contrapõe, lhe foi imposto pela União Soviética.
Os presidentes alemão e polaco, respetivamente Frank-Walter Steinmeier e Andrzej Duda, admitiram, em meados deste mês, que era necessária “uma discussão calma” sobre o assunto. Os ministros dos Negócios Estrangeiros e Interior polacos consideraram que as reparações potenciais poderiam chegar a 850 mil milhões de euros.
Durante a guerra, a Polónia foi entalada entre duas frentes, abertas respetivamente pela Alemanha nazi e a União Soviética. Seis milhões de polacos, dos quais três milhões de origem judia, foram assassinados durante a ocupação nazi, entre 1939 e 1945, e a capital Varsóvia praticamente arrasada.
Segundo uma sondagem recente, 51% dos polacos opõem-se a qualquer reclamação de reparações à Alemanha e 24% são favoráveis. Os padres católicos polacos dirigiram, no início do mês, um aviso ao governo conservador nacionalista, prevenindo-o para o risco de “aniquilar” a confiança e a reconciliação germano-polaca.
Em agosto deste ano, durante o seu discurso de comemoração do 71º aniversário da Revolta de Varsóvia, o ministro da Defesa da Polónia, Antoni Macierewicz, acusou a União Soviética de ter conspirado com a Alemanha Nazi para aniquilar o povo polaco.
“A história dos últimos 80 anos seria muito diferente se essa geração da Polónia independente não tivesse sido exterminada de forma terrível pelo gigante criminoso soviético e alemão. Varsóvia também seria diferente”, disse Macierewicz.
“Esta parte da história começou com a assinatura do pacto Molotov-Ribbentrop“, e a etapa seguinte foi “a infecção vermelha e as tropas soviéticas que estavam à espera de que Varsóvia fosse aniquilada pelos carrascos alemães”, concluiu.
ZAP // Lusa
E bem!
O maior caloteiro da Europa (Alemanha) tem muitas dividas por pagar e ainda se armam em “certinhos” e cumpridores!!
Tu nem sabes do que falas!
Vai novamente para a escolinha aprender.
Não?! A sério?!
Se não for pedir muito, será que nos podes nos iluminar com a tua sabedoria (invés de comentários vazios)?
Essa tua escolinha devia ser especial…
Eu, assim começam as guerras!
Pensem no presente e no futuro, deixem o passado em paz, tornem-se úteis!
Bem vistas as coisas ainda se poderão encher de dinheiro! Indemnização por parte dos alemães pela II guerra mundial e a seguir mais uma pipa de massa pedida aos russos pela ocupação!.
É assim mesmo, aliás todos deviam pedir e depois veremos como fica a alemnha que vive ás custas do resto da europa!