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Vítimas de Pedrógão Grande descontentes com as novas casas

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António Cotrim / Lusa

Três meses depois do grande incêndio de Pedrógão Grande, a maioria das casas destruídas continua por recuperar e há proprietários descontentes com os projectos de obra que incluem redução das áreas das habitações e derrube de paredes de xisto.

O Jornal de Notícias apurou que a recuperação das casas ardidas no incêndio em Pedrógão Grande, que vitimou 64 pessoas, não está a decorrer com a celeridade desejada.

Por um lado, há empreiteiros que estão a cobrar o dobro dos preços habituais para recuperar as casas e, por outro, há proprietários incomodados porque “não conhecem as plantas de recuperação dos edifícios, ou não concordam com os projectos-tipo que lhes foram apresentados”, refere o JN.

Nalguns casos, os projectos implicam a demolição do que resta das casas, nomeadamente das típicas paredes de xisto, o que não agrada aos proprietários das habitações.

Algumas das recuperações projectadas também prevêem a redução da área das habitações, com casas que eram de tipologia T3 a transformarem-se em T2, por exemplo.

“Das cem casas de primeira habitação que vão agora arrancar, só três ficam piores do que estavam”, diz ao JN o vereador de Urbanismo da Câmara de Pedrógão Grande, Bruno Gomes.

O elemento da autarquia lembra também que “ninguém é obrigado a aceitar um projecto com o qual não concorda”. Mas nem todos os proprietários estão cientes disso, refere o JN. E nos casos em que os projectos foram recusados, os donos das casas continuam à espera de que lhes apresentem uma alternativa, nota o jornal.

ZAP //

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2 Comments

  1. Se têm direito a uma indemnização (casa nova) por via da calamidade, acho bem que possam escolher a que preferem, desde que fiquem dentro do orçamento ou cubram a diferença. Mas se o preço do m2 subiu especulativamente então não há grandes hipóteses para uma habitação conforme com as necessidades do agregado familiar. Talvez o melhor seja criar uma empresa estatal (municipal?) temporária de construção civil em regime especial, só para ajudar estas pessoas. Acho que seria mais útil que uma dúzia de comissões de inquérito. Ah! Depois vinha a corrupção. Se calhar é má ideia.

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