A aldeia de xisto do Casal de São Simão, em Figueiró dos Vinhos, que ficou rodeada pelas chamas no incêndio em Pedrógão Grande, vai arrancar os eucaliptos que sobraram à volta da localidade.
No próximo dia 23 de julho, os moradores da aldeia de xisto reúnem-se com os proprietários dos terrenos à volta da aldeia.
Segundo a associação de moradores, os proprietários dos terrenos estarão recetivos a arrancar eucaliptos para dar lugar à criação de aceiros – desbaste de um terreno em volta de propriedades
Para chegar à aldeia de xisto do Casal de São Simão, vindo do IC8 na direção Sertã – Avelar, é preciso atravessar dezenas de quilómetros ardidos. Quando a estrada serpenteia na subida para a pequena localidade, avista-se no cimo a Capela de São Simão.
À volta, tudo queimado. Mas, depois de passado o marco das aldeias de xisto é como se entrassem num pequeno pulmão verde.
O porta voz da comunidade diz que a aldeia só se “safou” porque houve “mão e ajuda do São Simão”. Por isso, a aldeia não vai esperar por qualquer decisão política.
Aníbal Quintas é o representante dos moradores e contorna a memória do dia complicado em que o fogo rodeou toda a aldeia a uma velocidade jamais vista. O morador explica que, depois das chamas controladas pelos bombeiros e pela população, a decisão foi imediata.
“Temos aqui quatro pessoas em residência permanente, tivemos que convocar os que não vivem cá e os homens dos eucaliptos que não vivem cá. Queremos criar aqui uma área substancial, que possa servir de resguardo”, conta Aníbal.
E à volta dos aceiros vão surgir árvores, pois claro, mas a palavra de ordem é diversidade: “Castanheiros, sobreiros, nogueiras… Aquelas que são árvores bombeiro”. Apesar de construído o aceiro, Aníbal Quintas sabe bem que a limpeza será necessária todos os anos.
Para já, existe entreajuda que surgiu do outro lado da fronteira: “Recebi uma chamada de Lugo, na Galiza, de uma associação ambientalista, que quer estar presente na reunião e apoiar-nos em tudo o que for possível”, assegura. Ajuda aceite. O Casal de São Simão arranca eucaliptos já a partir deste mês.
A aldeia de xisto vizinha de Ferraria de São João, no concelho de Penela, vai avançar com uma iniciativa idêntica.
A limpeza, garante a Associação de Moradores de Casal de São Simão, não vai ficar abaixo dos cem metros de distância em relação à aldeia. O primeiro dia de limpeza vai ser definido já na reunião do dia 23 de julho. A associação de moradores quer o aceiro pronto até ao final do ano.
Incêndio em Pedrógão Grande
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Ate que enfim que perceberam um dos muitos maleficios do eucalipto.
É pena é que ainda há muitos que ainda não perceberam e pior ainda há quem sabe mas por outros interesses querem “tapar o sol com uma peneira”
Diga não ao eucalipto.
Mas quem é esta “inteligência” para mandar “bocas” dessas!
Tem propriedades?
São florestadas?
Com que espécies?
Já alguma vez combateu um fogo florestal de espécies autóctones onde haviam silvas e carrascos?
Benza-o Deus pela santa ignorância…
Só pode ser de esquerda radical!
E você!! por ventura sabe o que diz??
Informe se antes de vir para aqui insultar quem sabe mais que você
E aquele devastador incêndio na serra de Monchique há uns anos? O que é que lá ardeu? Era eucalipto? Se calhar recomenda-se um pouco de estudo…
pinheiros bravos e eucaliptos são os nossos terroristas que têm como líder o Passos Coelho que defende publicamente um dos lobbies mais poderoso do país, o do eucalipto.
Não é diga não ao eucalipto, Manel. O eucalipto é uma enormíssima fonte de riqueza para Portugal. Só não vê, que tem palas muito grandes à volta dos olhos. Agora é preciso é regrá-la.
Sabemos que os incêndios em eucaliptais NUNCA VÂO ACABAR dada a natureza dessa floresta. Quando arder, vai arder sem destino, não há volta a dar. Mas quando arder, ardam APENAS os eucaliptos, não as pessoas e os bens.
Para isso, tem que se RETIRAR OS EUCALIPTOS DAS ALDEIAS E DAS ESTRADAS.É muito simples. BASTA ISSO.
Esta gente está a dar um passo importantissimo nesse sentido. BEM HAJAM. Tem que se começar por algum lado. E esse lado, são as boas intenções dos proprietários das terras e gentes lá vivem. Não é seguramente pelas leis, porque elas existem, mas não valem nada. TIREM OS EUCALIPTOS DAS ESTRADAS E DAS ALDEIAS. Apenas isso.
Mas que José Silveira esperto! Manhoso ele é demais também. E depois acusa os outros de posições radicais. Nada honesto e amigável. Uma nódoa autêntica! Dialogue com os outros! a notícia é exatamente de pessoas que não pensam como o senhor e foram atingidos! Se calhar as pessoas desses lugares é que são ignorantes e radicais também! Seja ao menos honesto oh José da Silveira aprume-se!
Não sei para que querem este espaço, se não publicam os comentários… ou há sensura aqui também???!!!!
São horas de aprender com os erros do passado, toda essa limpeza e áreas de protecção são necessárias e se esta e outras medidas não forem tomadas a sério mais tarde irão verificar que afinal o eucalipto não é nem de perto o único responsável da desgraça, um dos piores entraves é a proliferação de pequenas propriedades onde cada qual faz o que entende ou melhor dizendo não faz nada!.
José Silveira, Jorge e Vasco
Eu também não tenho nada contra o eucalipto, antes pelo contrário. Acho este ódio ao eucalipto estupidez e lirismo de muitos e hipocrisia com desonestas intenções politicas de alguns. Mas o facto é que está aí. E se uma povoação por sua livre iniciativa decide arrancar eucaliptos e plantar folhosas numa faixa de 100m em torno do seu perímetro, eu acho óptimo. Melhor só mesmo se daqui a cinco anos o mesmo jornalista que escreveu este artigo – e que pelo tom parece bastante entusiasmado com a notícia – fosse lá a Casal de S. Simão fazer uma reportagem séria e HONESTA sobre como estava a decorrer a experiência. Mas não devemos ter essa sorte.
Mas já agora deixem que vos informe de uma investigação que fiz. Fui ao Google Maps e procurei o Casal de S. Simão. É um lugarejo que cobre uma área comprida com aproximadamente 200m de comprimento por 60m de largura. Portanto, se querem limpar numa faixa de pelo menos 100m, considerando a aldeia aproximadamente um retângulo, a área a reflorestar de folhosas e a limpar todos os anos será um retângulo com aproximadamente 400m por 260m, ao qual se retira a aldeia. Dá aproximadamente 9,2 hectares. Considerando para a limpeza de mato um valor de 300€/ha (que não me parece caro) teremos uma despesa anual de 2760€ que a aldeia terá de suportar. Isto além do investimento inicial na limpeza, mobilização, aquisição de plantas, plantação e adubação. É pena que o artigo não nos informe de quantos habitantes tem a aldeia e se os mesmos estão conscientes e disponíveis para pagar estas despesas. Bem… eles também não se hão-de estar a ralar muito com isso porque devem estar a contar que sejamos nós todos a pagar.
Claro… assim como os 64 que morreram ‘pagaram’ pelos eucaliptais dos outros…
Ah! Então está definitivamente estabelecido que as mortes foram causadas pelos eucaliptais. Os pinhais, que por acaso chegavam até à berma da chamada “estrada da morte”, e os matos abandonados não tiveram nada a ver com o caso. Estou a ver.
Aqui na minha zona, o Oeste, onde há terras abandonadas aparecem entre o mato que cresce alguns carvalhos, sobreiros e ulmos. E não vai ninguém limpar-lhes o mato à volta para os proteger e incentivar o crescimento. Não sei porque será… mas certamente que agora, lá em Casal de S. Simão não vai ser assim. Já estou mesmo a ver as velhotas lá do Casal, todas contentes a roçarem as silvas e o tojo na Primavera. Qual reumatismo! Qual fibromialgia! E o “eu” a ir para lá voluntário para as ajudar. Vai ser um regalo ver.
Quem disse isso??!
O que está provado é que os eucaliptos ardem mais facilmente e que a grande maioria da area ardida é eucaliptal.
De resto, se nem sequer a zona, porque insiste em escrever disparates?
Eu ainda hoje precorri toda area ardida em volta do IC8.
Só sei dizer que um dia alguém, para dizer mal de Cavaco Silva, exclamou:: “”Esse é como o eucalipto, seca tudo à volta dele””. Pergunto eu, em que é que ficamos??? Os matos e outras substâncias, onde começam os incêndios, onde existem em maior quantidade???!!! ao pé dos eucaliptos ??? afinal estes secam tudo à sua volta ou quê???!!!
Sabem que vos digo, este ano, infelizmente, morreu muita gente, dói só de pensar nisso. Mas, o ano passado, não morreu mas os incêndios foram igualmente loucos. Eu vi-os passar, aqui, perto do LUSO, era um pavor aquela velocidade!!!! Porque era assim ???!!! Porque, para os bombeiros actuarem é preciso, logo de início, actuarem o máximo de meios aéreos, para se poderem atacar as chamas “não tão ferozes”””. Logo de início, como se fazia a alguna anos atrás, antes de dizerem que as empresas de aviões e helicópteros eram exploradores e davam também passeios dentro dos aparelhos a pessoas da sua simpatia. O que será preferível. Montes de mortes que nos fazem doer o coração e vermos, no fim do ano, o Governo apresentar “””Boas contas””” , “”””Economias conseguidas milagrosamente”””, etc., etc., etc. O ano passado, o 1º. disse na televisão que os Países da União Europeia também precisavam dos meio aéreos para eles próprios, DEPOIS veio a própria UNIÃO EUROPEIA dizer que, PORTUGAL sózinho deixou arder 60% do total de toda a Europa. MENTIRA ???? Que se lixem os mortos, o que é preciso, preciso mesmo é apresentar os PIBs e D.Pública milagrosamente com um bocadinho de melhor aspecto. Isto é apenas uma interpretação minha. Desculpem, na realidade não gosto nem quero ser maldoso. Não consigo pensar, sequer, que morre tanta gente em incêndios e que se desfeia tanto um País que era tido como dos mais belos do mundo !!!!!
Gostaria de intervir no debate aqui, no entanto quero fazê-lo no respeito das opinões expostas e que respeitem a minha também…
A questão que me ponho é a seguinte: por que razão, tendo em conta o clima e as condições propícias à cultura do eucalipto, entre os vários países europeus, só Portugal e também um pouco a Espanha mergulharam nela?
Por exemplo, tanto a Itália, como a França possuiem condições para o cultivo desta árvore, porque razão não o fizerm? Regulamentado a sua cultura em parte experimental sem outra saída?