A Coreia do Norte anunciou que vai executar a ex-Presidente sul-coreana, Park Geun-hye, a quem acusa de tentativa de assassínio do líder norte-coreano Kim Jong-un.
Além da medida que prometem aplicar a Park Geun-hye, o regime norte-coreano alarga a punição ao responsável máximo do serviço de informações da Coreia do Sul.
O anúncio foi feito pela agência noticiosa norte-coreana, KCNA, que justificou a medida com o alegado envolvimento da ex-presidente sul-coreana e de Lee Byoung Ho numa operação secreta do Serviço Nacional de Informações de substituição da “liderança suprema” da Coreia do Norte, que se terá iniciado em 2015.
De acordo com o jornal japonês que revelou este plano, a morte do líder norte-coreano deveria parecer um acidente. Entre os cenários possíveis estavam um acidente de carro, um acidente ferroviário ou a organização de um golpe de Estado no país.
O plano foi automaticamente descartado quando Park Geun-hye foi afastada do cargo e presa por causa de um escândalo de corrupção, em março deste ano.
Segundo a KCNA, os dois receberão uma “morte miserável, como se fossem cães, a qualquer momento, em qualquer lugar e por qualquer método utilizado”.
A Coreia do Norte exigiu ainda aos sul-coreanos a entrega de Park e Lee ao abrigo da lei internacional por, acusa, ter sido cometido “terrorismo patrocinado pelo estado”.
Pyongyang acusa regularmente Washington e Seul de tentarem matar Kim Jong-un, tendo em maio passado declarado que as agências de espionagem dos EUA e da Coreia do Sul conspiraram para liquidar o líder norte-coreano empregando armas bioquímicas.
As relações entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul deterioraram-se durante a Presidência de Park e Pyongyang chegou a realizar dois testes nucleares e uma série de lançamentos de mísseis à medida que expandia o seu programa de armas nucleares.
Moon Jae-in, o novo presidente sul-coreano, já disse que entre as suas intenções como chefe de Estado está a tentativa de restabelecer o diálogo com o seu país vizinho.
Recorde-se que Park Geun-hye, de 65 anos, foi destituída em março devido ao escândalo de corrupção e de tráfico de influências, conhecido como “Rasputina”, pelo seu presumível envolvimento na rede criada juntamente com a sua amiga Choi Soon-sil, que alegadamente extorquiu cerca de 70 milhões de dólares a grandes empresas.
ZAP // Lusa