A ex-presidente sul-coreana, entretanto destituída do cargo por um escândalo de corrupção, terá aprovado um plano secreto para derrotar e inclusive assassinar o atual líder norte-coreano, revelou um jornal japonês.
De acordo com o Asahi Shimbun, que cita fontes anónimas, a administração da ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, planeava assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Segundo o jornal japonês, no final de 2015, a presidente sul-coreana assinou um documento que previa uma “mudança de Governo” na Coreia do Norte, que podia incluir a demissão, exílio político do seu líder ou até mesmo um cenário de assassinato.
Essa tarefa deveria ser realizada pelas agências de inteligência sul-coreanas, incumbidas de preparar operações para levar a cabo esse dito plano secreto.
As fontes citadas pelo jornal japonês contaram que a morte de Kim Jong-un deveria parecer um acidente. Entre os cenários possíveis estavam um acidente de carro, um acidente ferroviário ou a organização de um golpe de Estado no país.
Según indica o Asahi Shimbun, o suposto plano foi motivado pelas constantes atividades militares do vizinho comunista, sobretudo por causa do seu programa nuclear.
A tensão entre Seul e Pyongyang aumentaram em agosto de 2015, depois de a Coreia do Norte ter disparado um projétil na cidade fronteiriça de Yeoncheon.
Em maio, a Coreia do Norte já tinha acusado a CIA e os serviços secretos sul-coreanos de tentarem matar com produtos químicos o seu líder, durante as celebrações do Dia do Sol, em abril.
O Asahi sublinha que o atual presidente sul-coreano, Moon Jae-in, abandonou este plano secreto para eliminar o líder norte-coreano. Na altura em que foi eleito, o novo chefe de Estado disse que vai tentar restabelecer o diálogo com o seu país vizinho.
Recorde-se que Park Geun-hye, de 65 anos, foi destituída em março devido ao escândalo de corrupção e de tráfico de influências, conhecido como “Rasputina”, pelo seu presumível papel na rede criada juntamente com a sua amiga Choi Soon-sil, que alegadamente extorquiu cerca de 70 milhões de dólares a grandes empresas.
ZAP // RT