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Ciberataque poderá desencadear mecanismo de defesa mútua da NATO

Statsministerens kontor / Flickr

O secretário geral da NATO, Jean Stoltenberg

O secretário geral da NATO, Jean Stoltenberg, lembrou esta quarta-feira que um ciberataque pode ser objeto de aplicação do artigo 5 do tratado da NATO e que se está a estabelecer o âmbito “ciber como domínio militar”.

Stoltenberg disse que “um ciberataque poderá levar os países membros a recorrer ao Artigo 5” do tratado fundacional da NATO, que declara que um ataque a qualquer Estado aliado é um ataque contra todos.

Os comentários de Stoltenberg foram feitos após um ciberataque em massa que atingiu principalmente a Ucrânia, cujo Governo afirmou esta quarta-feira que começa a ter a situação controlada e que a maioria das empresas afetadas funcionam com normalidade.

Por outro lado, outra das grandes empresas atacadas, a dinamarquesa Moller-Maersk, informou que vários dos seus sistemas informáticos continuam desligados e que ainda trabalha num plano de recuperação.

O ciberataque afetou esta terça-feira dezenas de grandes empresas e instituições europeias, principalmente na Rússia e na Ucrânia, de maneira similar ao que sofreram há um mês 200.000 utilizadores em 150 países.

A Cisco informou que este vírus é “uma nova variante de ransomware” chamado Nyetya, bastante “distinto” do vírus Petya, ao qual foi originalmente vinculado.

Através da sua divisão de cibersegurança Thalos, a companhia informou que as  investigações apontam que esta variante do vírus informático “aproveita o EternalBlue e outras deficiências do sistema operativo da Microsoft para expandir-se”.

Craig Williams, diretor-executivo de cibersegurança da empresa, disse à EFE que o Nyetya é também muito similar ao “WannaCry“, o ciberataque que há um mês afetou 200.000 pessoas em 150 países, com a mesma modalidade de ransomware, que sequestra os dados dos computadores afetados e pede um resgate para os recuperar.

Williams descartou confirmar que “um vetor de email” tenha sido o fator inicial de propagação. Alguns afetados informaram que o vírus desativou os seus e-mails e, portanto, não tiveram contacto com os hackers para recuperar a sua informação após a desconexão dos computadores.

Na Ucrânia, as autoridades afirmaram entretanto que a situação está “sob controlo” e que os especialistas em cibersegurança estão a trabalhar na recuperação dos dados que se perderam no ataque informático.

// EFE

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