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Ciberataque que começou na Ucrânia já atingiu vários países europeus

Um ataque informático que atingiu esta terça-feira, numa primeira fase, bancos e empresas na Ucrânia e na Rússia espalhou-se à Europa Ocidental, afetando vários grandes grupos internacionais, confirmaram algumas das empresas lesadas.

A transportadora marítima dinamarquesa Maersk, o gigante publicitário britânico WPP e o grupo industrial francês Saint-Gobain confirmaram ter sido afetadas pelo ataque informático, precisando que os respetivos sistemas foram protegidos para evitar eventuais perdas de dados.

As primeiras informações deste ataque informático que ganhou contornos internacionais surgiram ao início da tarde na Ucrânia.

O Banco Central da Ucrânia informou que vários bancos e empresas ucranianos tinham sido alvo de um ataque informático que provocou constrangimentos em diversos serviços, nomeadamente nos pagamentos com cartões bancários.

“O Banco Central da Ucrânia informou os bancos e outros agentes do mercado financeiro de um ataque informático externo realizado hoje contra as páginas na Internet dos bancos ucranianos e de empresas públicas e comerciais”, referiu a instituição, num comunicado.

Por exemplo, e na sequência do ataque, os passageiros do metro de Kiev não estavam a conseguir comprar bilhetes com os respetivos cartões bancários e os bancos ucranianos tiveram de suspender alguns dos serviços prestados aos seus clientes.

Na Rússia, o gigante petrolífero Rosneft confirmou ter sido vítima de um “poderoso ataque informático” que visou os seus servidores. O grupo russo precisou que a sua produção não foi interrompida.

Recorde-se que, em maio passado, um mega-ataque cibernético atingiu 150 países e cerca de 200 mil sistemas informáticos. O ataque informático atingiu principalmente empresas de telecomunicações (como a espanhola Telefónica e a portuguesa Portugal Telecom), mas também o setor da energia, a banca (na Rússia) e hospitais (no Reino Unido).

O vírus, que ficou conhecido como WannaCry, aproveitou-se de uma vulnerabilidade do Microsoft Windows, que terá sido identificada pela Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) e que levou a empresa a criar uma atualização gratuita de segurança para a corrigir.

ZAP // Lusa

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