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99 países já foram atingidos pelo mega-ataque de ransomware

A empresa checa de antivírus Avast, que figura entre as 10 primeiras do mundo, revelou este sábado que o ciberataque registado na véspera em mais de 70 países afeta já 99 estados.

“Temos já 75.000 deteções do WanaCryptOr 2.0 em 99 países”, explicou no blogue da Avast o informático Jakub Kroustek.

Segundo o especialista, o ataque de piratas informáticos está dirigido “sobretudo à Rússia, Ucrânia e Taiwan” e “afetou com êxito” grandes instituições, como hospitais em Inglaterra e a empresa de telecomunicações espanhola Telefónica.

O perito checo anunciou logo na sua conta de Twitter uma rápida escalada dos ataques, que “passaram a 100.000 em menos de 24 horas”. A mesma fonte confirmou que na Rússia ocorreram 57% destas deteções.

A Avast teve conhecimento da primeira versão do WanaCrypOr em fevereiro e agora assinala que este ‘software’ maligno está disponível em 28 línguas diferentes, “desde búlgaro a vietnamita”, precisou Kroustek.

O WanaCrypOr limita ou impede os utilizadores de aceder ao computador ou a ficheiros e para libertar o computador solicita um resgate, que é normalmente pago com a moeda digital “bitcoin”, o que dificulta o trabalho de seguir o rasto do pagamento e identificar os “hackers”.

Empresas portuguesas entre os alvos do ataque

Diversas empresas nacionais, entre as quais a Portugal Telecom, foram alvo deste ataque informático, que a Europol considerou de “um nível sem precedentes”.

“O ataque recente é de um nível sem precedentes e vai exigir uma investigação internacional complexa para identificar os culpados”, indica um comunicado do gabinete europeu de polícias Europol.

O ataque informático de grandes dimensões à escala internacional atingiu principalmente empresas de telecomunicações e energia mas também a banca, segundo a multinacional de serviços tecnológicos Claranet.

A Portugal Telecom foi uma das empresas nacionais afectadas pelo ataque, tendo sido vítima de “ransomware”, um vírus que bloqueia os computadores e que pede um resgate para os desbloquear. A KPMG e a Vodafone, que inicialmente tinham sido dados como alvos deste ataque, desmentiram entretanto a ocorrência.

Inicialmente, circulou a informação de que a EDP também teria sido alvo deste ataque. A empresa já desmentiu entretanto a informação, e garantiu que não foi registado qualquer problema nos seus sistemas, mas confirma que cortou os acessos à Internet da sua rede para prevenir um ataque informático.

ZAP // EFE / Lusa

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