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Paulo Portas acusado de fazer pressões a favor da Mota-Engil

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Manuel de Almeida / Lusa

Paulo Portas, ex-vice-primeiro-ministro e ex-líder do CDS.

Paulo Portas, ex-vice-primeiro-ministro e ex-líder do CDS.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está a investigar uma denúncia feita contra Paulo Portas, ex-vice-primeiro-ministro e ex-líder do CDS, pela empresa de construção civil Tecnorém que o acusa de ter feito pressões a favor da Mota-Engil, quando estava no governo.

Paulo Portas foi contratado pela Mota-Engil, como consultor para os mercados internacionais, depois de se ter despedido do lugar de deputado na Assembleia da República, em Junho de 2016. E agora, surge a suspeita, lançada pela construtora Tecnorém, de que terá exercido pressões em benefício da Mota-Engil enquanto esteve no governo, conforme avança o Jornal de Notícias (JN).

Em causa está o concurso público para a construção da Escola da Nato, em Oeiras, que acabou por ser ganho pela Mota-Engil, após esta empresa ter reclamado pelo facto de a Tecnorém ter ficado em primeiro lugar, na primeira apreciação efetuada.

A Tecnorém apresentou assim, queixa no DCIAP, segundo noticia o JN, relevando que a construtora acusa Paulo Portas de ter pressionado o diretor geral de Recursos da Defesa Nacional,  Alberto Coelho, que foi o responsável pelo lançamento do concurso e que é também presidente do Conselho Nacional de Fiscalização do CDS.

A empresa argumenta que Portas e Coelho são “conhecidos de longa data por razões profissionais”, uma vez que ambos trabalharam no Ministério da Defesa, e “das lides político-partidárias”, tendo ambos sido figuras ativas no CDS, conforme cita o JN.

Uma fonte próxima de Portas fala numa alegação “difamatória”, frisando que a sua ligação à Mota-Engil está apenas ligada aos negócios internacionais.

A Mota-Engil também garante ter “cumprido integralmente todas as regras e legislação aplicável”, falando num processo conduzido com “lisura”, argumentando ainda que a reclamação no concurso foi motivada pelo facto de ter apresentado uma proposta que era 1,4 milhões de euros mais baixa do que a da Tecnorém.

Já a construtora que acabou preterida frisa que a exclusão não teve “fundamento” e que foi efetuada “em contradição com a posição anteriormente defendida pela mesma direção-geral e por um júri com o mesmo presidente”.

A proposta da Tecnorém era de 20,8 milhões de euros, enquanto a da Mota-Engil era de 19,5 milhões de euros, mas o relatório de avaliação do concurso considerou inicialmente, que o preço só tinha um peso de “40%”, enquanto a “adequação técnica” pesava “60%”.

Após a reclamação da Mota-Engil, a Tecnorém foi desclassificada com a argumentação de que, “à data de apresentação da proposta”, não detinha alvará com as habilitações necessárias, dado que a construtora preterida nega.

ZAP //

5 Comments

  1. Isto deve ser o primeiro entre outras … E o caso dos submarinos? Foi tudo “abafado”, na Alemanha houve corruptos presos e cá não? Desapareceu do mapa sem deixar rasto …

  2. Meu Deus só agora é que descobriram que este como muitos de outros que são dos chamados meninos da linha ( de Cascais claro está ) que nunca estiveram no mercado de trabalho a fazer curriculum mas tão somente saíram das universidades com os cursos superiores ( comprados ou não é que não sei ) e foram logo para políticos fazerem-se homens sim é á nossa custa que aprendem a roubar e depois saem e vão trabalhar para as empresas que enquanto governantes foram ajudadas por eles, aonde é que já vi este filme ?.
    Se este político já esteve implicado no caso da Moderna e no dos Submarinos que na Alemanha foi considerado um caso corrupto nós por cá não senhor como o rapaz estava no governo não se podia tocar nele, lembram-se ou será que já se esqueceram mas, olhem que ele agora já não está no governo e não lhe tocam na mesma, ena pá, será que são todos iguais ? eu por mim não acredito nisso têm de existir alguns bons serão é muito poucos mas que os há, há.
    Olhem que eles contam com isso mesmo é nós esquecermos a trampa que eles foram fazendo enquanto gestores dos dinheiros públicos isto sim é um bom argumento para dar razão ao Holandês que disse que nós por cá no SUL DA EUROPA só queremos copos e mulheres ele esqueceu-se desta praga de ladrões e corruptos que as liberdades do 25 de Abril criaram.
    Os gestores dos bancos que gastaram milhões dos dinheiros públicos para além de não responderem pela gestão danosa que exerceram ainda recebem reformas de luxo connosco sempre a pagar por isso porque é que haveriam de se preocuparem com o Sr. Dr. Paulo Portas essa pessoa ilustre por quem a grande maioria dos Portugueses sentem um orgulho tão grande mas tão grande, que não tem explicação.

    • Tem toda a razão Fernando Santos. Ninguém consegue compreender, porque é que a justiça c/este salafrário ñ actua. Muito estranho, ñ acha?

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