Dezenas de populares e várias figuras públicas prestaram, nesta terça-feira, a última homenagem a Mário Soares. Na sessão solene, nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, o momento mais emotivo foi quando se ouviu a falecida Maria Barroso declamar um poema de amor.
O corpo do antigo Presidente da República Mário Soares, que morreu sábado aos 92 anos, foi velado no Mosteiro dos Jerónimos por dezenas de populares e várias figuras públicas. Muitos levaram rosas, símbolo do PS, mas também cravos vermelhos, o símbolo da liberdade.
A sessão solene de homenagem, no âmbito das cerimónias fúnebres de Estado, realiza-se nos claustros do Mosteiro, com a presença de várias figuras políticas internacionais, nomeadamente o Rei de Espanha, Felipe VI, o presidente do Brasil, Michel Temer, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, os presidentes de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, bem como os antigos primeiro-ministro francês Lionel Jospin, presidente do Brasil José Sarney, presidente da Comissão Europeia Jacques Santer e o ex-presidente do governo espanhol Felipe Gonzalez.
A urna foi colocada no local onde Mário Soares assinalou a entrada de Portugal na CEE e, depois de se ouvir o hino nacional, soou um dos mais carismáticos discursos do ex-presidente.
Depois da intervenção do filho João Soares, ouviu-se a voz de Maria Barroso, a mulher de Mário Soares, já falecida, a declamar o poema “Os Dois Sonetos de Amor da Hora Triste”, de Álvaro Feijó, num dos momentos mais emotivos da cerimónia.
Isabel Soares, a outra filha do ex-presidente, também discursou e o primeiro-ministro António Costa fez uma intervenção, a partir da Índia, onde está em visita de Estado, através de um vídeo de cerca de 10 minutos.
“Mário Soares foi, em momentos decisivos, o rosto e a voz da nossa liberdade. Desse título, que era certamente aquele que mais lhe agradaria, raros homens se podem orgulhar”, afirmou o primeiro-ministro.
O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também falam na última cerimónia de homenagem.
“Inspirador lugar este em que nos encontramos, gentes de várias raízes e destinos, unidas pelo essencial: homenagear um homem que fez história, sabendo que a fazia, mesmo quando tantos de nós nos recusávamos a reconhecê-lo”, declarou o Presidente.
A urna seguiu no armão da GNR em cortejo fúnebre com batedores da PSP, guarda a cavalo da GNR e outras viaturas que levam a família e altas entidades.
Nessa altura, uma esquadrilha de seis aviões F-16 da Força Aérea sobrevoou o Mosteiro dos Jerónimos.
Estão previstas breves paragens no Palácio de Belém, Assembleia da República, Fundação Mário Soares e sede do PS no Largo do Rato, antes de chegar ao cemitério dos Prazeres.
Já no cemitério, está previsto um último momento evocativo, junto à capela, em que será novamente ouvida a voz de Mário Soares. Depois será feita uma salva de 21 tiros de artilharia, a partir de uma embarcação da Marinha, no Tejo.
Depois da paragem junto à capela, a urna será transportada por militares das Forças Armadas para o jazigo familiar.
Mário Soares morreu no sábado, aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa. O Governo português decretou três dias de luto nacional, até quarta-feira.
ZAP // Lusa
Quando se ouviu a falecida………uah….os falecidos agora ouvem-se….
Caro leitor,
Desde que em 1888 o senhor Berliner inventou o gramofone que é possível ouvir a voz dos falecidos.
Uau! Não costumo (quase nunca) estar de acordo com o ZAP mas esta resposta foi magistral. Talvez o(a) utilizador(a)/comentador(a) devesse seguir o significado do seu “nome”. Parabéns ZAP! Às vezes enganam-se e dão “uma para a caixa”!
E você parabéns zap, para a caixa, nunca deve dar nenhuma. É uma pena…
Por aqui ainda a (o) vão deixando não dar para a caixa e, isso muito o devemos a Mário Soares.
Foi um homem que fazia, fazia, enquanto outros só falavam só falavam…
Mas você é parvo (a) ou quê!? Não me referi de maneira nenhuma a Mário Soares (pessoa que respeito muito – e que também sinto a sua perda). Referia-me à parvoíce “dita” pelo primeiro (a) comentador (a). Talvez não fosse mau também seguir o “nome” desse mesmo utilizador… “Temos de ter atenção…”
Na mouche!
Com o gramofone e outras tecnologias de gravação de audio não se ouve a voz dos falecidos mas sim a gravação que tenha sido feita da sua voz com um destes mecanismos.
Se ouvir uma gravação áudio de um discurso do Mário Soares, não estará a ouvir a voz de um falecido? Qual é a parte que não entendeu?
A língua portuguesa ‘traiçoeira’… no seu melhor! Disse Carlos Martins: ‘não estará a ouvir a voz de um falecido?’ A minha resposta é não. Porquê? Porque a voz (gravação audio) é de quando ele era vivo e não falecido. Qual é a parte que não entendeu? Quer que se faça um desenho?
Temos de ter atenção? Ah pois temos. Tome atenção ó temos de ter atenção, você disse: ‘Quando se ouviu a falecida………uah….os falecidos agora ouvem-se…’ Tome atenção a isto: a frase lida com atenção está percetível mesmo “…ouviu-se a voz de Maria Barroso, a mulher de Mário Soares, já falecida….”. Pronto, falecida em Julho de 2015, salvo erro meu.
Pior que um ignorante é um ignorante teimoso.
Se ouvir uma gravação de voz de uma pessoa falecida não está a ouvir a voz de uma falecida? Ou prefere acreditar que está a ouvir a voz de uma pessoa viva que agora é falecida????
Faça um desenho para si mesmo e dedica-se à pastorícia. Pregue às ovelhas que ouvem e não ripostam….
Comigo pode ripostar mas o assunto faleceu. Não perco tempo com pessoas que ignoram a substância da notícia e focam-se em minúcias…que talvez sejam reflexo da pobreza da sua própria vida
Desculpas não se pedem! Evitam-se. E sendo eu ignorante e teimoso na probreza da minha própria vida (dedico-me à pastorícia), digo que é difícil, senão impossível obter gravação de voz de uma pessoa falecida, costuma dizer-se que ‘os mortos não falam’, entende? Para haver gravação de voz de alguém, ou, até do meu rebanho, e das aves pelos campos, a gravação é feita pessoalmente, de viva voz, não? Não prefiro acreditar que estou a ouvir a voz de uma pessoa viva que agora é falecida, porque estou mesmo! Se ouvir gravação de voz de uma pessoa (já) falecida não estou a ouvir a voz de uma falecida! Parece, mas não é a mesma coisa. Vou seguir o seu conselho: vou pregar às ovelhas que ouvem e não ripostam… mas dizem: amémémé améméme… E para terminar, como diria António Aleixo: “Uma razão, mesmo vencida, não deixa de ser razão”. Passar bem.
O grave problema é que, 40 volvidos da implantação da democracia em Portugal, muito pouca gente se lembra do que era o Portugal antes do 25 de Abril. E do que poderia ter sido pós-25 de Abril. E das pessoas que fizeram com que tal acontecesse. E que mesmo com um governo, entre 2011 e 2015, que nos levou toda a dignidade enquanto cidadãos, alguém ainda levantava a voz contra essa situação.
Sou pai de 4 filhos e tenho que agradecer a Mário Soares por os meus filhos nunca terem tido um ensino asfixiante, nunca terem de se esconder para fazerem o que quer que seja, poderem expressar livremente as suas opiniões.
E, sim, Mário Soares foi sempre uma voz da indignação contra as práticas antidemocráticas que, de uma ou outra forma, sempre alguns tentaram impor a Portugal.
É contristado que assisto ao falecimento da última figura com projecção mundial do século XX.
Os seus filhos esconderem-se para fazerem o quer que seja? Deve estar a gosar conosco…! Eu conheci bem o regime de Salazar e nunca me escondi para nada. Só se andasse a traficar droga ou a roubar. Quanto ao tal ensino “asfixiante” também o conheci. Sim nesse tempo passava quem sabia alguma coisa e não administrativamente ou ao colo como hoje. O tal governo de que fala levou-nos a dignidade? E o sócrates e o soares levaram-nos três vezes à bancas rotas. Se você andou a mamar à conta desta corja dita “socialista” eu não!!! Este até hoje, depois de morto, me complicou a vida. Tive de andar a pé quando tinha bilhete de autocarro. Esse velhadas foi um chulo do Povo português…!
queres é coreia do norte
coreia do norte deves querer tu. Ou cuba o Venezuela do maduro com inflação a 500%. Antes a ditadura do Salazar, que eu bem comheci, do que ditaduras dos sociais fascistas. O Salazar tinha mais honestidade na ponta dos cabelos do que essa corja no corpo todo. Souberam fazer as suas mordomias, os seus ordenados, as suas pensões vitalicias e as suas fundações para sacarem mais algum ao zé pagante. Por isso é que a minha carga de impostos é como é!!!
Ah?!
Então ter o país entregue meia-dúzia de famílias/grupos económicos, enquanto enquanto mantinha o país e povo fechado e ignorante (como se pode comprovar pelo seu caso!), é sinal de honestidade?!
E ainda diz que conhecia bem a ditadura?!
A ignorância é mesmo atrevida!…
Caro amigo, subscrevo inteiramente o que escreveu. Mas…desista, há quem nào entenda, talvez propositadamente, o valor da liberdade e democracia, que dá “asas” a todos, são inconcebiveis para mentes “feudais” e monopolistas.
Excelente artigo. Será que podem acrescentar também os nomes dos presidentes de São Tomé e da Guiné Bissau na lista de celebridades internacionais presentes?
“…várias figuras políticas internacionais, nomeadamente o Rei de Espanha, Felipe VI, o presidente do Brasil, Michel Temer, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, os presidentes de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, bem como os antigos primeiro-ministro francês Lionel Jospin, presidente do Brasil José Sarney, presidente da Comissão Europeia Jacques Santer e o ex-presidente do governo espanhol Felipe Gonzalez.”
Por favor, haja algum respeito!
Meu caro,
Há uns anúncios nos jornais que falam de massagem com descompressão. Acho que lhe fazia bem. E com isto termino, pois já percebi que nem sequer merece o tempo que gasto a escrever.
Dizer que ” era tudo pacifico” e se “abria a boca” à vontade é de alguém que só pode ter sido bufo.
Tenho um familiar próximo que, por beijar a mulher, na rua, andavam a passear num jardim e beijaram-se, eram recém-casados, vieram buscá-lo a casa para “interrogatório” ( imagine-se interrogatório por ter beijado a mulher ). O ridiculo da situação só se resolveu porque o patrão do meu familiar era cunhado ou sócio, não sei dizer com exatidão, do comandante geral da policia (que conhecia bem esse meu familiar). Foi a safa dele. Quando receberam a ordem DIRECTA do comandante geral , para o soltarem, até se pelaram todos. Esse meu familiar foi sempre uma pessoa que nunca se meteu em politicas (ainda hoje ele é assim), e à conta dum lambe kús ( vulgo bufo) viu a sua vida a andar para trás, sendo um homem integro e honesto.
Em que ano é que isso foi???
O que o senhor escreveu no primeiro parágrafo é mentira! Claro que ninguém, de boa fé, diz que “era tudo pacifico”. Também ninguém diz que se “abria a boca” à vontade. Eu pelo menos não digo nem escrevo. É mais uma forma de levar a água ao moinho sem qualquer justificação!
Só um esclarecimento: a minha resposta de hoje às 9:40 horas foi, obviamente, para o comentador Desiludido.
Se calhar, com o exemplo que o comentador Zorro dá acima, poderemos perceber o porquê do meu primeiro comentário, ontem, às 18:21 horas.
Bem, já falhei a minha promessa dizer que não iria escrever mais sobre o tema, mas achei que devia esclarecer para era dirigido o meu comentário de hoje.
A todos (já agora, sem excepção de opções políticas, religiosas, ou outras), votos de um bom ano.
Um bom ano também para si. Já agora VIVA A LIBERDADE, ,de podermos opinar.
Primeiro que tudo, aqui fica o meu agradecimento ao falecido Dr. Mário Soares pelo papel fundamental na implementação da nossa democracia. Mas como diz o ditado que tudo tem um preço. Faço aqui a seguinte pergunta: Será que toda a apropriação e esbanjamento do que foi deixado antes do 25 de abril, negócios durante e após a era colonial, 3 resgates da Trokia e estarmos endividados até ao pescoço é sinal de uma revolução com sucesso com os objetivos cumpridos? Temos a liberdade? sim temos, temos inependência financeira? Não. temos independência de soberania ? Parcial. continuamos a ter um país sinalizado externamente como corrupto? Sim. Têm provas de isso?: É só ler os jornais dos últimos 30 anos e cada um tire as suas conclusões.
Isto tudo para dizer que repudio qualter sistema radical esquerda ou direita, mas não ficamos assim tão melhor do que estávamos.
E acerca da Bandeira Portuguesa que cobre o caixão, ninguém diz nada? Ao que consta não é a primeira vez que há ‘barracada’ com a Bandeira Portuguesa. Pesquisei e encontrei uma notícia deveras interessante in journal ‘expresso’ 17 de Outubro de 2013 onde diz que “o primeiro-ministro, Passos Coelho, discursou… na Cidade do México, tendo como pano de fundo uma bandeira portuguesa que não é a oficial…” Tal acham?
Eu pensava que era para dedicarmos um poema de amor
Não tenho jeito mas cá vai
“Caro Soares Cararada de luta meteste-me no euro e não me perguntaste se eu Estava de acordo”
Viva a demagogia. Perdão democracia….