O rapaz que foi brutalmente espancado por um grupo de jovens, em Almada, no distrito de Setúbal, revela que as agressões se deveram a “um amor de Verão mal resolvido”.
Este jovem de 15 anos quebra o silêncio, em declarações ao Jornal de Notícias, depois de ter sido divulgado, nas redes sociais, um vídeo em que aparece a ser agredido por um grupo de jovens numa praça de Almada, em Setúbal.
“Não me lembro de nada. Só me lembro de apanhar o primeiro murro”, revela ao JN o rapaz que é estudante da Escola Profissional de Almada, onde tira um curso de Informática.
Identificado como Rodrigo, nome fictício, o adolescente diz que ficou “inconsciente” e que ainda se levantou, mas que desmaiou de seguida (o que não ficou registado no vídeo divulgado na Internet).
Rodrigo refere que foi “um amigo que estava por perto” que o levou “até à esquadra da PSP de Corroios” e que terão sido os agentes a contactar a mãe que é “médica num hospital privado”, frisa o jornal.
Curtes de Verão com consequências graves
O jovem, que foi hospitalizado e diagnosticado com “um traumatismo craniano“, segundo o JN, justifica as agressões com um desentendimento por causa de uma namorada.
“Tive umas curtes com uma rapariga no Verão e depois de o ano lectivo começar, ela começou a namorar com outro rapaz”, conta Rodrigo ao diário, evidenciando que continuaram a trocar mensagens. O novo namorada da jovem “meteu na cabeça que eu me andava a meter com ela”, acrescenta.
O principal agressor que se vê no vídeo frequenta a Escola Emídio Navarro, também em Almada, e Rodrigo diz que lhe enviou “várias mensagens” a pedir desculpa.
A mãe do rapaz já tinha dito na TVI que um dos agressores enviou ao filho uma mensagem “a desejar um ano de 2017 em paz e que o desculpasse e a rapariga que estava a filmar também”.
Um dos agressores pode ser julgado como adulto
A maioria dos suspeitos das agressões tem menos de 16 anos e um dos presumíveis autores já terá 16 anos, anunciou nesta sexta-feira o Ministério Público.
Em nota publicada na sua página da Internet, a Procuradoria da Comarca de Lisboa (PCL) indica que abriu um inquérito ao caso, no início de Novembro.
“Tendo-se apurado, após identificação, que um dos suspeitos já terá 16 anos, sendo imputável penalmente, o inquérito prosseguirá quanto a este. Quanto aos restantes suspeitos, apurou-se que têm menos de 16 anos, pelo que o Ministério Público decidiu instaurar, relativamente a estes, um inquérito tutelar educativo no Tribunal de Família e Menores”, explica a PCL, frisando que este é o ponto de situação neste momento.
A comissária Maria do Céu, do Comando Distrital de Setúbal da PSP, disse anteriormente à agência Lusa que foram identificados e ouvidos os quatro jovens que aparecem a agredir o adolescente, todos com cerca de 15 anos, e que se “está a tentar identificar também todos os jovens que assistiam e que nada fizeram para tentar impedir as agressões“.
A vítima foi violentamente espancada por outros jovens, enquanto um deles filmava as agressões, que agora estão a circular nas redes sociais na Internet.
O inquérito corre termos no Departamento de Investigação e Acção Penal de Almada e, nesta investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela PSP.
ZAP // Lusa
Pois, só consigo dizer que este tipo de acontecimentos deve ser uma das excepções à regra de que sociedades “civilizadas” funcionam melhor.
É que se fica sempre na ideia de que as vítimas ainda são mais vitimizadas com o “funcionamento” da “justiça”, e que os agressores são ainda mais vangloriados. Por alguma razão os casos de violência animalesca continuam a aparecer e são os próprios agressores a filmar e a divulgar as imagens. Com certeza não farão isso tendo vergonha dos seus actos.
Sinceramente, parece-me que o feitiço virar-se contra o feiticeiro seria realmente o mais justo. Sendo mais claro nas palavras, umas chapadinhas na carinha laroca dos agressores, com direito à presença de espectadores e a gravação vídeo e posterior difusão, não causaria mazela de maior nos agressores, dissuadiria muitos de repetirem as brincadeiras, apaziguaria as vítimas iniciais e geraria um sentimento de justiça em muita gente. Mais ou menos como estas imagens…
https://www.youtube.com/watch?v=ZXqlZ9XSebg
https://www.youtube.com/watch?v=GrLZifOyqAk
O problema não está nos muidos
O verdadeiro problema está na estrutura da Sociedade, que até é preciso.fazer uma Lei para dar prioridade aos idosos e grávidas
A formação é importante, mas a educação é fundamental.
O problema começou quando a Sociedade começou a aperceber-se que os dirigentes deste Burgo saíam, insistentemente, impunes à criminalidade.
Agora isto nem é notícia, é a consequência de anos e anos cheia de exemplos de bandidagem dos dirigentes
Estavam á espera de quê?
Milagres só em Fátima
Vamos culpar a sociedade pelo o falhanço dos pais à educação, formação etc!
Deviam fazer o mesmo e pior aos agressores e espectadores que nada fizeram para impedir tal coisa. Acho que se estes COVARDES soubessem que a seguir ia-lhes acontecer o mesmo pensavam bem antes de o fazer.
No meu entender os jovens deveriam ser julgados pelos seus atos e não estarem abrangidos com a proteção da maior idade se quando se trata de praticar mal eles próprios não olham se já atingiram a maior idade ou não, responsabilizá-los o mais cedo possível seria a melhor solução mas infelizmente as leis vão-nos cada vez mais e tornando-os cada vez mais rebeldes e irresponsáveis.