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Paulo Macedo poderá ser o substituto de Domingues na CGD

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Rodrigo Gatinho / portugal.gov

O Ministro da Saúde, Paulo Macedo

O antigo ministro da Saúde, Paulo Macedo, é apontado como o nome mais forte para suceder a António Domingues, caso o presidente da Caixa Geral de Depósitos bata com a porta, no âmbito da polémica da entrega das declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional.

O nome de Paulo Macedo como potencial plano B do governo, para o caso de a actual administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) sair, tem sido apontado por vários órgãos de informação.

O ex-ministro da Saúde é visto como “o nome mais consensual”, avança o Jornal de Negócios, especulando ainda com as alternativas Carlos Tavares, de saída da presidência da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, e Nuno Amado, presidente do BCP.

Sobre esta possibilidade, Paulo Macedo garante que não foi sondado pelo governo, conforme declarações à TSF, à margem de uma conferência na Fundação Gulbenkian.

A rádio nota que o ex-ministro “não se quis alongar muito no assunto CGD, esclarecendo apenas que não foi sondado pelo executivo de António Costa”.

Centeno em silêncio

Enquanto Macedo opta pela declaração evasiva, Mário Centeno, ministro das Finanças, que está no centro deste imbróglio, prefere o silêncio absoluto.

O ministro, que terá acordado com a administração da CGD a não entrega das declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional (TC), não se pronuncia sobre a polémica, numa altura em que há cada vez mais vozes a salientarem que ele tem que assumir responsabilidades e sair do governo.

Entretanto, o Diário de Notícias avança que o Conselho de administração da CGD vai reunir-se na quinta-feira para discutir a possibilidade das demissões, depois de o TC ter notificado os gestores a entregarem as respectivas declarações que são obrigatórias para todos os detentores de cargos públicos.

O Presidente da República e o primeiro-ministro já vieram a público dizer que compete ao TC avaliar o caso, dando assim reforço à necessidade de entrega das ditas documentações.

Os administradores da CGD parecem assim estar contra a parede e só falta saber se vão reagir saindo dos cargos ou cedendo à solicitação do TC.

ZAP

2 Comments

  1. Sobre este assunto gostava de tentar perceber um pouco mais mas a poeira criada é tanta que não consigo descortinar nada. Se poderem dar umas luzes aos comentários seguintes agradeço.
    Salário: deve ser no limite igual ao do 1.º Ministro? Não me parece pois ninguém vai assumir uma função sujeito a queimar o nome na praça para no final do mês levar 4 ou 5 mil euros de salário quando o privado paga 10 x mais. Se queremos bons gestores temos que pagar. é a lei da oferta e da procura. Eventualmente o que está mal é o 1.º Ministro ganhar tão pouco;
    Declaração de rendimentos: em que é que a entrega contribui para um melhor desempenho das funções? o papel é recebido e arquivado?
    Se for por motivos de enriquecimento ilícito será que as N/ autoridades não tem acesso a essa informação? Casas, Carros, Dinheiro no Banco, Ações, etc… ou esperam que eles, eventualmente, digam que tem milhares em caso num buraco???
    Obrigado

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