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Bebé morreu no parto devido a atraso em cesariana de emergência

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Jessica Merz / Flickr

A morte de um bebé durante o parto num hospital de Beja foi motivada por falhas de um médico e de uma enfermeira nos procedimentos clínicos efectuados. A conclusão é da Entidade Reguladora da Saúde, que analisou o caso ocorrido no ano passado.

A deliberação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), emitida a 7 de Setembro e agora divulgada pela Rádio Renascença, constata que o bebé de 40 semanas de gestação que morreu no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, integrado na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), morreu devido a negligência médica.

A morte ocorreu durante o parto, a 9 de Abril de 2015, e em consequência de falhas nos procedimentos médicos adoptados, nomeadamente à demora na realização de uma cesariana de urgência.

O relatório da ERS, citado pela Renascença, salienta que o médico “desvalorizou” os primeiros sinais de preocupação dos exames efectuados, para medir o batimento cardíaco do feto.

Quando esses sinais se tornaram mais preocupantes, o médico decidiu fazer a cesariana de emergência, mas a grávida demorou “30 minutos a chegar ao bloco operatório”, fruto da “distância existente” entre o bloco de partos e a zona de realização das cesarianas, conforme aponta a ERS.

A entidade lembra que, a partir do momento em que se decide fazer uma cesariana de emergência, devem decorrer apenas 15 minutos até que a cirurgia comece, de acordo com uma norma da Direcção Geral de Saúde.

A ERS conclui que, de acordo com os registos hospitalares do batimento cardíaco do bebé, este terá falecido no “lapso de tempo” entre a ida do bloco de partos até ao bloco operatório.

Assim, a entidade conclui que o médico e a enfermeira envolvidos no caso “não agiram segundo a legis artis, com o cuidado que lhes era devido e exigido” e que “não agiram conforme seria de esperar, recomendava e esperava”.

Assim, o caso foi enviado para a Ordem dos Médicos por está em causa um “comportamento passível de consubstanciar infracção disciplinar e consequente aplicação de medida disciplinar”, salienta a ERS, conforme cita a Renascença.

Fica ainda o alerta ao hospital para que adopte todas as medidas necessárias para assegurar “o direito dos utentes à prestação de cuidados de saúde de qualidade e com segurança e em tempo útil e adequado à situação concreta de cada utente”.

ZAP

3 Comments

  1. Com os sistema implementado actualmente vão surgir muitos casos como este infelizmente. Nos dias de hoje porque razão se espera até ás 40/41 semanas de gestação quando na grande % dos casos os bebes já estão formados, tem tamanho e peso mais que suficiente p/ se fazer um parto ás 38 semanas. Isto é desumano quer p/ os futuros pais quer p/ o bebe e depois acontecem casos como este ou que os bebes ficam c/ graves problemas físicos/mentais. È p/ poupar dinheiro em quê? Em matar seres humanos indefesos? E no fim ninguém é culpado, mas tão somente este desumano sistema de saúde que não lembra a ninguém, somente ao DIABO.

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