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Leonardo DiCaprio, em Paris, na estreia de “The Wolf of Wall Street”
O fundo ambientalista suíço Bruno Manser Fund exigiu, numa conferência de imprensa em Londres, que o ator norte-americano abandone o cargo de Mensageiro de Paz das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas por acusações de corrupção.
Segundo a revista Hollywood Reporter, Leonardo DiCaprio e a sua organização de caridade poderão ter recebido milhões de dólares de uma empresa malaia que financiou o filme “O Lobo de Wall Street”, o filme realizado por Martin Scorsese que está no centro do escândalo de corrupção.
Em setembro deste ano, chegou a ser noticiado que a tal empresa – 1MDB – está a ser investigada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
O investigador Clare Rewcastle Brown afirma que uma das primeiras iniciativas da empresa foi “subornar o ministro de Sarawak”, um estado da Malásia, na ilha de Bornéu, que sofreu com a forte desflorestação levada a cabo durante os 30 anos de mandato do controverso Abdul Taib Mahmud.
Lukas Straumann, diretor do Bruno Manser Fund, dedicado à proteção das florestas e especialmente ativo na luta contra a desflorestação na Malásia, apresentou um ultimato ao ator.
“Se não estiver disposto a confessar, vamos pedir-lhe que deixe de ser o Mensageiro da Paz para as Mudanças Climáticas da ONU, já que lhe falta credibilidade para uma posição tão importante”, alerta.
Caso contrário, de acordo com Straumann, o ator deverá confessar as suas ligações com “pessoas politicamente expostas” e deverá devolver todo o dinheiro corrupto que terá recebido.
“Nós não vamos conseguir salvar o meio ambiente se não acabarmos com a corrupção”, afirmou o ambientalista, que considera a atitude de DiCaprio como uma “hipocrisia cínica”.
Segundo Straumann, o ator “devia ser uma parte da solução” mas, na realidade, acaba por ser “parte do problema”, acrescentou.
Documentário de DiCaprio na televisão portuguesa
Enquanto isso, o novo projeto do ator americano, o documentário “Before the Flood” já tem data de estreia marcada na televisão.
Focado nas alterações climáticas, o filme mostra DiCaprio a viajar pelos cinco continentes e pelo Ártico, explicando os efeitos das alterações climáticas e o que se pode fazer para os combater.
O documentário conta ainda com participações especiais como a do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e do Papa Francisco, com quem o ator se reuniu para discutir o tema.
A estreia em televisão, inclusive em Portugal, está marcada para o próximo dia 30 de outubro, no canal National Geographic.
Realizado por Fisher Stevens, vencedor do Óscar para Melhor Documentário em 2009, com The Cove, “Before the Flood” foi produzido pelo próprio ator e teve Scorcese como produtor executivo.
Esta não é a primeira vez que DiCaprio usa o cinema como plataforma para o seu ativismo ambiental. Em 2007, criou e produziu “A 11ª Hora” e, em 2014, foi responsável, em conjunto com o Netflix, por “Virunga” (documentário que foi nomeado para um Oscar).
ZAP / Ciberia / Espalha-Factos
Uma coisa é certa: não irei ver o documentário de DiCaprio sobre as suas “Alterações Climáticas” pois não estou para ser… endoutrinado na mentira!
Um fundo suíço a falar de corrupção!… é só rir!….