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Inspeção encontrou quase 100 falhas de segurança nos Kamov

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José Coelho / Lusa

Helicóptero Kamov Ka-32A-11BC da frota da Protecção Civil no combate a um incêndio

Helicóptero Kamov Ka-32A-11BC da frota da Protecção Civil no combate a um incêndio

A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) concluiu que existiram “falhas notórias” nos procedimentos que asseguram que os helicópteros Kamov de combate a incêndios respeitam os requisitos para operarem em segurança.

De acordo com um documento da IGAI, a que o Público teve acesso, são três os altos dirigentes da Autoridade Nacional de Proteção Civil responsáveis por “99 deficiências – tecnicamente chamadas ‘situações de não conformidade’ – no controlo de cinco helicópteros Kamov”, propriedade do Estado.

Entre os responsáveis está o presidente que se demitiu a 5 de setembro, Francisco Grave Pereira.

Segundo o Público, a análise técnica da documentação das aeronaves foi feita pela Inspeção Geral da Força Aérea, que prestou apoio técnico aos instrutores da IGAI e que, com base nessa avaliação, conclui que existiram “falhas notórias na esfera da gestão da aeronavegabilidade” por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

As deficiências que a Força Aérea imputa aos responsáveis da proteção civil foram divididas em várias categorias, sendo que a maioria das “situações de não conformidade”, de 64 de 99, diz respeito a falhas no controlo do tempo de vida dos componentes instalados nos helicópteros, o que implica que pode ter havido peças usadas depois de esgotado o seu tempo de vida útil.

Outra das anomalias mais detetadas, neste caso 16 vezes, tem que ver com o “controlo ineficaz do processo de manutenção”, o que, de acordo com o jornal, pode ter levado à instalação nos Kamov de componentes que não cumpriam os requisitos.

Foram também detetados problemas na configuração do programa informativo que regista ao pormenor todas as ações de manutenção e no preenchimento do mesmo, avança o jornal.

À Lusa, fonte do Ministério da Administração Interna revelou que o relatório da IGAI tem “caráter sigiloso”, escusando-se a fazer qualquer comentário.

ZAP / Lusa

5 Comments

  1. Pois, pois…
    Mas andavam por aí alguns palermas a dizer que a culpa era da ministra… e que os parasitas incompetentes da Protecção Civil eram uns santinhos!…

  2. cinco helicópteros Kamov”, propriedade do Estado? Só para pagar arranjos mas quem os opera são entidades privadas que recebem balúrdios para andarem a apagar fogos, é mesmo o Pais da vergonha onde temos estes pagos por nós arranjos pagos por nós contribuintes mas empresas privadas a ganhar balúrdios no resto.
    Ainda gostava de saber porque não são os militares a terem estes no seu poder e irem apagar fogos em vez de se pagar milhões para estas empresas privadas.

  3. Esta dos Kamov que até à data praticamente pouco fizeram e estão constantemente avariados, 99 parece ter sido a quantidade de falhas detetadas nos aparelhos dá para perguntar que espécie de negócio foi esse, se compraram aparelhos a sério ou se eram apenas brinquedos para crianças, pelo que se tem ouvido dizer nem peças existem para substituição, quando muitos vêm por vezes para aqui chacotear sobre a compra dos submarinos à Alemanha que até funcionam o que terão então para nos dizer sobre esta dos Kamov que os russos despacharam para sucata.

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