Paralímpicos na luta por medalhas recebem menos 857 euros por mês do que os olímpicos

Os atletas paralímpicos ainda recebem subsídios abaixo do salário mínimo nacional e muito mais baixos comparativamente com os apoios aos atletas olímpicos.

Um atleta paralímpico que lute por medalhas ganha menos 857 euros por mês do que um colega olímpico com a mesma ambição, adianta esta quarta-feira a Renascença.

Comparativamente com Londres 2012, verificou-se um aumento de 40% no que diz respeito ao investimento mas este continua a ser muito inferior aos dos atletas olímpicos.

Segundo relata a Renascença, os subsídios dos atletas que estão em preparação para as competições olímpicas dividem-se em três categorias: os que conquistaram medalhas nos Jogos ou nos campeonatos do mundo, os que se classificaram entre o 4º e o 8º lugar nas mesmas competições e, por fim, os que ficaram entre o 9º e 12º.

No caso dos paralímpicos, em qualquer uma das categorias registou-se um aumento entre Londres 2012 e o Rio 2016, com o nível 1 a receber 518 euros, 386 euros no nível 2 e 225 euros no nível 3.

No entanto, a diferença de valores é significativa quando se compara com um atleta olímpico. Só este ano, onze receberam uma bolsa de 1.375 euros, ou seja, mais 857 euros do que o bónus de um paralímpico no primeiro escalão.

Tal como recorda a estação, a participação dos 91 atletas olímpicos no Rio custou 17 milhões, um valor bastante mais alto comparado com os gastos relativos aos 37 paralímpicos: um total de 3,3 milhões de euros.

Mas nem tudo são más notícias. A exclusão dos atletas russos inflacionou a comitiva portuguesa de 30 para 37 atletas, a terceira maior comitiva de sempre.

Além disso, houve também uma subida no número de modalidades em competição desde Londres, mais concretamente, de cinco para sete (natação, atletismo, boccia, tiro, judo, ciclismo e hipismo).

Os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro começam esta quarta-feira e terminam a 14 de setembro.

ZAP

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.