Governo turco já deteve, despediu ou suspendeu cerca de 50 mil pessoas desde a tentativa do golpe de Estado. Wikileaks também já foi bloqueado do país.
Cerca de 50 mil pessoas na Turquia já foram detidas, despedidas ou suspensas, na sequência do golpe de Estado falhado, escreve a BBC.
Deste número, 21 mil são professores e 15 mil são pessoas em funções no Ministério da Educação que entretanto foram suspensas, a par de outros ministérios.
Anteriormente, já tinham sido suspensos cerca de oito mil polícias e três mil juízes e, pelo menos, seis mil militares foram detidos por suspeitas de ligação ao golpe.
Segundo a emissora britânica, o Governo turco está a solicitar aos académicos fora do país que regressem ao país “o mais rápido possível”.
Além do setor da Educação, os media turcos também estão a ser passados a pente fino. 24 canais de televisão e estações de rádio viram as suas licenças revogadas.
O presidente Recep Erdogan já tinha prometido que ia pôr em marcha “uma grande limpeza”, tendo considerado esta tentativa de golpe “uma dádiva de Deus”.
Entretanto, o Governo decidiu bloquear a Wikileaks da Turquia, depois do site ter divulgado cerca de 300 mil e-mails enviados pelo AKP, o partido de Erdogan.
Esta terça-feira, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, anunciou ter enviado um pedido formal aos Estados Unidos para a extradição do clérigo Fethullah Gulen.
O imã muçulmano, considerado pelo presidente turco o principal responsável pela tentativa de golpe de Estado de sexta-feira, está exilado nos EUA desde 1999.
Gulen nega qualquer envolvimento no golpe e chegou mesmo a sugerir que poderá ter sido o próprio presidente a instigar o golpe, que fez mais de 300 mortos.
Segundo a BBC, Erdogan já falou ao telefone com o presidente Barack Obama sobre este pedido de extradição.
ZAP
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