Sedat Suna / EPA
Duas explosões seguidas de um tiroteio atingiram o Aeroporto Internacional de Ataturk, em Istambul, na Turquia, na noite desta terça-feira, matando 28 pessoas e deixando mais de 40 feridos, revelou o ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag.
De acordo com a CNN turca, as bombas terão sido accionadas no terminal internacional do aeroporto, enquanto os tiros terão ocorrido no estacionamento. As autoridades turcas acreditam que as explosões podem ter sido causadas por um ataque suicida.
Ainda não foram tornados públicos detalhes acerca do incidente, sabendo-se já no entanto que as vítimas foram transportadas de táxi para os hospitais da cidade.
O aeroporto de Istambul encontra-se fechado. As autoridades de telecomunicações do país proibiram a divulgação de imagens que mostrem a cena do ataque, um tipo de censura recorrente na Turquia em casos de terrorismo.
Segundo o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, dois atacantes suicidas fizeram deflagrar artefactos explosivos durante confrontos com a polícia.
As câmaras de vigilância captaram imagens do momento em que um dos atacantes é abatido pela polícia, no momento em que se preparava para detonar mais um explosivo.
O Aeroporto de Ataturk, o mais movimentado da Turquia, é alvo frequente de ataques, principalmente de separatistas curdos.
Nos últimos meses, o movimento separatista TAK, Falcões pela Libertação do Curdistão, realizou diversos atentados em solo turco.
As suas actividades são motivo de controvérsia, já que há quem defenda que o TAK é apenas uma facção radicalizada do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, PKK, a mais ativa organização militante curda. Há quem no entanto garanta que o TAK é totalmente independente.
Com 26 milhões de pessoas, os curdos são a maior etnia sem Estado próprio em todo o mundo. Reclamam soberania sobre o Curdistão, um território que cobre parte do Sudeste da Turquia, o Norte do Iraque e da Síria, e o leste do Irão.
Estima-se que o conflito de décadas dos curdos com Ancara já tenha feito mais de 40 mil mortos. A Turquia é também alvo do Estado Islâmico, uma vez que integra a coligação internacional contra o grupo jihadista.
ZAP / ABr
