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Elisa Ferreira vai ser vice-governadora do Banco de Portugal

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José Goulão / Wikimedia

Euro-deputadas do PS, Ana Gomes e Elisa Ferreira

Euro-deputadas do PS, Ana Gomes e Elisa Ferreira

A eurodeputada socialista Elisa Ferreira vai ocupar um lugar na administração do Banco de Portugal, na pasta da supervisão bancária.

O Expresso e o Jornal de Negócios avançam que Elisa Ferreira vai deixar o Parlamento Europeu para ser administradora do banco de Portugal, ocupando o lugar de António Varela, que apresentou demissão no início de março.

Segundo o Jornal de Negócios, Elisa Ferreira irá ocupar o cargo de vice-governadora.

Esta terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa tinha afirmado que um deputado europeu poderia em breve abandonar o Parlamento para ocupar um cargo no sistema financeiro em Portugal.

“Estava eu a falar de instituições financeiras e acontece, quem sabe, se não haverá aqui perdas – relativas, porque há enriquecimento noutras áreas – de quem, em qualquer caso, tem uma posição muito útil para continuar a fazer a ponte com as instituições europeias no domínio financeiro”, afirmou Marcelo, num encontro com os eurodeputados durante uma visita ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

Esta inconfidência do Presidente da República pode ter precipitado uma nomeação que, de acordo com o Expresso, estava ainda a ser ultimada.

Elisa Ferreira, um dos nomes falados para o Governo caso o PS vencesse as eleições, foi uma das economistas da equipa de António Costa que traçou os planos para o cenário macroeconómico, que esteve na base do Programa Eleitoral do PS.

Num entrevista ao Jornal de Negócios, a 25 de fevereiro do ano passado, a eurodeputada não confirmou que tivesse sido convidada para integrar o executivo de António Costa e respondeu: “Temos de ver onde somos mais úteis”.

Lugar vago

Elisa Ferreira deverá assumir o cargo antes ocupado por António Varela, que apresentou a demissão ao governador Carlos Costa a 7 de março.

O vice-governador tinha sido nomeado administrador em setembro de 2014, assumindo a pasta da supervisão prudencial, e estava no centro das atenções durante o processo de resolução do Banif devido a um conflito de interesses.

No final do ano passado, o Expresso garantia que as divisões entre o governador do BdP Carlos Costa e António Varela tinham começado devido ao facto de o administrador deter títulos emitidos pelo Banif, obrigando-o a ficar de fora das votações sobre o destino do banco madeirense.

Na altura da sua nomeação, a escolha de António Varela foi vista tanto como uma despromoção do vice-governador Pedro Duarte Neves, que liderou os trabalhos de supervisão durante o colapso do BES, como também uma indicação do governo de que ele poderia ser o próximo governador, no caso de Carlos Costa não ser reconduzido.

Entre 2013 e 2014, António Varela foi administrador (não executivo) representante do Estado no Banif.

ZAP

6 Comments

  1. E vai mais um tacho p/ daqui a poucos tempo esta também ter mais 1 reforma. Sim porque esta gente tem mais do que 1 reforma tem VARIAS. Nós os comuns mortais temos de trabalhar pelo menos 40 anos e só depois dos 66+ p/ não sermos penalizados, quando somos sempre já que não recebemos a 100% como esta gente, recebemos a 65% dos 40 anos de trabalho… Estes politicos só olham p/ eles e p/ gente da laia deles, do povo nada quer, agora até os votos são da forma que les querem…

  2. Pois. Se tem ou não capaciadde e conhecimentos… não interessa. O que interessa é o job for the girl… Triste Portugal… a quem estás entregue….

  3. Estão muito contentes. Deve ter sido maduro de uma colheita especial. A gente paga! Agora falando a sério, esta gente assim conhecida para ocupar para estes cargos deixa ficar a impressão de que tudo é job for the girl. Mas se fizer um bom trabalho e o salário ajustado à realidade da economia….

  4. Se compararmos este caso com o da anterior ministra das finanças onde toda a esquerda se pendura acusando a mulher de ir para um determinado emprego depois de terminado o seu mandato como ministra, esta vai passar de eurodeputada para os quadros do Banco de Portugal, será assim tão grande a diferença e não estarão a partidarizar o Banco?

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