Viajar até Marte em apenas 30 minutos pode ser possível e mais cedo do que se pensaria. É essa a esperança de um grupo de físicos da Universidade da Califórnia, nos EUA, que acredita ter encontrado a tecnologia que o pode permitir.
Estes cientistas têm estudado como se pode aproveitar o poder da luz para reduzir o tempo de uma viagem até Marte de vários meses para apenas alguns dias ou até mesmo poucos minutos.
A chave está na propulsão fotónica, vaticina um dos investigadores envolvidos nesta pesquisa, Phillip Lubin, num artigo publicado no Journal of the British Interplanetary Society.
Esta tecnologia usa a luz laser para impulsionar naves espaciais e é utilizada com pequenas sondas espaciais, mas pode converter-se num sistema de propulsão para naves maiores.
Citado pelo Daily Mail, Phillip Lubin diz acreditar que a propulsão fotónica pode brevemente vir a “propulsionar um avião de 100 quilos até Marte em alguns dias”.
Isto significaria viajar a cerca de 280 milhões de quilómetros por hora.
“Esta tecnologia não é ficção científica. As coisas mudaram”, diz o professor Lubin.
O físico está envolvido no programa Deep-In (Directed Energy Interstellar Precursor) que tem como missão criar sondas capazes de alcançar velocidades relativistas (isto é, idênticas a uma fracção da velocidade da luz) para conseguir viajar rumo às estrelas mais próximas.
Lubin acredita que a propulsão fotónica pode permitir aquilo que até agora ainda não foi possível.
“Sabemos como chegar a velocidades relativistas no laboratório, fazemos isso a todo o momento. Quando vamos a um nível macroscópico, aviões, automóveis, naves espaciais, resultam pateticamente lentas”, nota Lubin.
A NASA também tem em marcha o projecto do “propulsor impossível” EM Drive, um motor sem combustível que cria impulso através da libertação de microondas numa câmara fechada e usando apenas energia solar, que pode vir a colocar seres humanos em Marte em apenas 10 semanas.
SV, ZAP