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Ministério da Saúde ordena investigação à prática de eutanásia no SNS

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O Ministério da Saúde ordenou uma investigação à alegada prática da eutanásia no Serviço Nacional de Saúde (SNS), situação denunciada pela Bastonária da Ordem dos Enfermeiros.

Em entrevista à Rádio Renascença, no programa “Em nome da lei”, Ana Rita Cavaco, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, frisou que a eutanásia “já é de alguma forma praticada nos hospitais do SNS com médicos que sugerem essa solução para alguns doentes”.

“Vi casos em que médicos sugeriram administrar insulina aos doentes para lhes provocar um coma insulínico. Não estou a chocar ninguém, porque quem trabalha no SNS sabe que estas coisas acontecem por debaixo do pano”, disse ainda Ana Rita Cavaco.

Em reacção a estas declarações, o Ministério da Saúde refere, em comunicado citado pelo DN, que solicitou à Inspecção-geral das Actividades em Saúde uma “intervenção com carácter de urgência” para “apuramento dos factos”, com vista ao “cabal esclarecimento dos cidadãos”.

O Ministério aproveita para reafirmar a “total confiança nas instituições e nos profissionais do SNS”.

A Ordem dos Médicos também reagiu, revelando que vai apresentar queixa contra a Bastonária dos Enfermeiros ao Ministério Público e à IGAS.

“Independentemente das posições individuais relativamente à legalização da eutanásia”, refere a OM, “o teor destas declarações é extraordinariamente grave, pois envolve médicos e enfermeiros na alegada prática encapotada de crimes de homicídio em hospitais do SNS”.

O órgão representativo dos médicos também diz desconhecer qualquer caso de “eutanásia explícita ou encapotada” no SNS.

O tema da eutanásia foi lançado para o debate público, nos últimos tempos, fruto do movimento pró-eutanásia que inclui 100 figuras públicas e vai mesmo ser debatido no Parlamento.

ZAP

6 Comments

  1. Que grande novidade, há mais de trinta anos que uma enfermeira me disse a mesma coisa, quando os doentes não tinham salvação os médicos administravam-lhes uma injecção.

  2. Haverá algum português convencido de que a eutanásia não será praticada à socapa dentro dos hospitais? Estou convencido de que não embora eu não possa confirmar tal situação, penso sim que a enfermeira que teve a coragem de levantar o véu vai ter agora um batalhão de vozes contra ela e vai ser julgada na praça pública e tudo acabará por ficar abafado a bem de outros interesses superiores.

  3. Isto é mais que verdade, não há que condenar a senhora bastonária antes pelo contrario… isto é pratica comum praticada neste país de sacanas.
    O ano passado a minha mãe dá entrada no IPO de Lisboa a andar pelo seu pé… não satisfeitos com uma biopsia invasiva fizeram-lhe 3… à 3ª já não saiu de lá, ficou acamada sem qualquer tentativa de tratamento, só à base de morfina e ao fim de 15 dias quando os tipos entenderam e à hora mais “conveniente” – 1h da manhã – empurraram a seringona da morfina para a frente e lá foi ela… ligam para casa «a sua mãe faleceu, pode vir a partir das 9h para tratar do assunto»… chegamos lá às 9.30h e já tudo tratadinho… quarto arrumadinho já pronto para outra vitima, certidão de óbito, corpo no frigorífico, bens pessoais na portaria e ala cardume… siga para a funerária. SE UM DIA A MÃE DELES CAIR ALI… ESPERO QUE OS COLEGAS LHE DÊEM O MESMO TRATAMENTO… RSSSSSSSSSSSSSSSSS

  4. “A Ordem dos Médicos também reagiu, revelando que vai apresentar queixa contra a Bastonária dos Enfermeiros ao Ministério Público e à IGAS”…. HAHAHAHAHAHA… boaaa… acho bem… mas se for investigado a sério bem podem preparar uma ala bem grande para engavetar um montão de coleguinhas…

  5. É um assunto muito delicado.
    Eu defento a eutanásia. Quando se está em estado terminal o sofrimento é atroz e ainda mais agravado é por saber que os teus mais queridos sofrem a dobrar por saberem que o fim é inexorável e se sentem impotentes – porque de facto o são – para fazer alguma coisa.
    Acho que nestes casos é um acto de caridade e de dignidade – para com todos, doente e familiares.
    É claro que a coisa se complica muito, porque a coberto disto pode haver casos em que se “aproveita” a facilidade para liquidar alguém, por motivos que nada têm a ver com caridade ou dignidade.
    E junta-se a tudo a defesa da vida como valor absoluto, por motivos éticos e/ou religiosos.

    É por isso que é preciso muito cuidado e uma discussão desta matéria está destinada a ser longa e fazer correr rios de tinta.

  6. O juramento de Hipócrates são palavras vãs para estas pessoas…

    E lembrem-se: somos seres espirituais vivendo uma experiência humana e não o contrário (seres humanos vivendo uma experiência espiritual) como muita gente parece estar convencida…

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