A agência de notação financeira Moody’s considerou esta quinta-feira que a aprovação do Orçamento do Estado para 2016 é “positiva” em termos de risco de crédito e melhora a credibilidade orçamental, além de afastar o risco de eleições antecipadas.
A Moody’s é a primeira agência de rating a avaliar de forma positiva a aprovação do OE 2016 pelo Parlamento, esta terça-feira, com o aval dos três partidos de esquerda que apoiam o Governo socialista (PCP, BE e Os Verdes).
A nota da agência de rating refere que a versão revista do Orçamento do governo PS é considerada positiva em termos de risco de crédito porque revela a capacidade e vontade do executivo liderado por António Costa “inverter o rumo” em prol de uma orientação orçamental mais realista do que a versão preliminar apresentada em fevereiro.
Para a Moody’s, no entanto, o documento aprovado no Parlamento não é ideal.
Antes de mais, as perspectivas de crescimento são consideradas demasiado otimistas. Pelas contas da agência de notação financeira, no final do ano, a meta do governo de 2,2% para o défice vai ser ultrapassada e deverá chegar próximos dos 3%.
Na análise política, a agência norte-americana de notação financeira, também encontra sinais positivos e, sobretudo, de estabilidade: está afastado o risco de eleições antecipadas.
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais afirmou à agência Lusa que “o Governo regista com agrado a aprovação da Moody’s, que considerou como “o reconhecimento do esforço do Governo”.
Fernando Rocha Andrade salientou ainda que “o Governo tem feito um trabalho no sentido de dar confiança aos investidores”.
ZAP
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