Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 98 novos casos de infeção por covid-19. Nove pessoas morreram, num total de 1.144 óbitos no país.
De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), há 98 novos casos, num total de 27.679 casos confirmados desde o início do surto – um aumento de 0,4% em relação ao dia anterior, que é a taxa de crescimento mais baixa de sempre.
Há 74 novos casos na Região de Lisboa e Vale do Tejo e mais 56 novos casos no Norte do País. Já na zona Centro, há menos 36 casos sem ter aumentado o número de recuperados.
Estão internadas 805 doentes (mais 8), destes 112 encontram-se em serviços de cuidados intensivos (o mesmo número que no dia anterior).
O número de mortes está pelo segundo dia consecutivo abaixo dos dois dígitos, tendo o número de óbitos aumentado para 1.144 (mais nove).
A taxa de letalidade global do país é novamente de 4,1%, sendo que sobe aos 15,2% no caso das pessoas acima dos 70 anos – as principais vítimas mortais.
O número de pessoas recuperadas mantém-se igual (2.549). Em relação ao acompanhamento aos doentes recuperados, Graça Freitas explica que os “protocolos estão a ser pensados nesta altura”, em que se entra da fase de “estudar o que se passa com essas pessoas”, ultrapassada a fase de “tratar”, nos casos que já tiveram alta hospitalar.
“Vão surgir protocolos de follow up destes doentes, com dois tipos: mais perto da saída do hospital, vão ser acompanhados pelos médicos dos hospitais que seguiram a patologia no hospital; depois, com o retorno à vida comunitária e dependendo das sequelas, serão seguidos pelos próprios médicos de medicina geral e familiar”, explicou a diretora-geral da Saúde.
Aguardam-se ainda resultados laboratoriais 2.642 pessoas e estão em vigilância pelas autoridades de saúde mais de 28 mil. O sintoma mais comum entre os infetados é a tosse (42% dos doentes), seguida da febre (30%) e de dores musculares (21%).
Sobre a atualização do valor do Rt, o número que calcula quantas pessoas são contagiadas por outra, Graça Freitas explicou que Lisboa e Vale do Tejo continua a ter o Rt “um bocadinho mais elevado” mas tem agora uma “tendência decrescente”.
“Há pessoas que testam positivo passado por muito tempo”
“Sabemos que há pessoas que testam positivo passado muito tempo, depois de já não ter sintomas”. Contudo, “não há prova que essas pequenas partículas originem novos casos concretos”. Por causa disso, está em estudo os impactos, mas “a ciência está ainda a analisar”, disse Graça Freitas.
Relativamente às creches, Graças Freitas disse que sabem “que são um sítio para brincar e que estas crianças são muito pequeninas e não é possível impor a estas crianças regras de comportamento”. Contudo, “devemos fazer tudo, mas tudo, o que for possível”.
Graça Freitas referiu o “desdobrar turmas”, evitar que o “máximo número de meninos se juntem”; “podemos pedir que cada menino tenha o próprio colchão”, entre outras medidas.
“Não vamos impedir o normal desenvolvimento dos meninos”, referiu. “Não podendo os meninos utilizar uma máscara, os adultos devem fazê-lo sempre”.
Em relação ao regresso ao futebol, Graça Freitas disse que isso tem a ver com “futurologia”, que é algo que não gosta de fazer. “Esses planos com a FPF é para minimizar o aumento de casos positivos”, afirmou. “Isso faz-se com medidas de maior isolamento social possível”.
“Quanto à responsabilização é óbvio que em qualquer processo em que o risco não é zero todos os autores têm nível de responsabilização”.
Já António Sales afirma: “Resta reforçar a mensagem da senhora ministra. Foi feito um trabalho muito próximo entre a DGS e FPF, ontem realizámos um parecer técnico onde estão explanadas as nossas precupações relativamente a esta matéria”. “À federação cabe responder ao seu trabalho. Os níveis de responsabildiade estão muito bem definidos”.
Coronavírus / Covid-19
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