87 pessoas foram detidas pela PSP e GNR, das quais 15 infetadas com covid-19, durante a operação que visou garantir o cumprimento das regras mais apertadas de circulação durante o período da Páscoa.
Numa conferência de imprensa conjunta para divulgar os dados da operação “Páscoa em Casa”, que decorreu entre as 00h00 do dia 9 de abril e as 24h00 desta segunda-feira, PSP e GNR avançaram que foram detidas 87 pessoas, das quais 15 por violação do confinamento obrigatório, ou seja, infetados com covid-19.
Esta operação teve como principal objetivo vigiar o cumprimento das normas do estado de emergência devido à pandemia, que durante o período da Páscoa teve restrições mais apertadas, nomeadamente a proibição de circulação para fora do concelho da área de residência, exceto nas situações previstas no decreto, como ir trabalhar.
“A operação correu bem muito por conta daquilo que foi, mais uma vez, o comportamento de cidadania da sociedade neste período”, disse aos jornalistas o diretor de operações da Guarda Nacional Republicana (GNR), dando conta que estiveram envolvidos cerca de 35 elementos das duas forças de segurança.
Vitor Rodrigues avançou que a GNR realizou 9565 ações de fiscalização e de sensibilização, das quais resultou o encerramento de 118 estabelecimentos e 21 detenções, uma das quais por violação da obrigação de confinamento.
Por sua vez, a PSP, que atua nas grandes cidades e nas capitais de distrito, realizou 7400 operações e deteve 66 pessoas durante o período da operação “Páscoa em Casa”.
O diretor do departamento de operações da PSP, Luís Elias, afirmou que 14 detenções estiveram relacionadas com a situação de confinamento, frisando que, durante o fim-de-semana, esta polícia registou “um pico” destas detenções, consideradas as “mais graves no que respeita a situações de confinamento” de pessoas que estão infetadas.
A PSP encerrou também 109 estabelecimentos e efetuou diversas ações de fiscalização rodoviária, em que foram detidas 64 pessoas por estarem a conduzir sem carta.
O diretor de operações da GNR referiu que no próximo dia 17 termina o segundo período do estado de emergência e “tudo leva a crer que será prolongado”, sendo agora fundamental aguardar pelas novas regras.
“Ainda não temos elementos que nos ajudem a decidir qual será a atuação, mas continuaremos a trabalhar no cumprimento da lei”, disse, frisando que a GNR vai adaptar-se “às novas regras”.
Por sua vez, o diretor do departamento de operações da PSP referiu que vão aguardar pela publicação da extensão do período do estado de emergência e por um novo enquadramento legal.
No entanto, sublinhou que “é muito provável que se continue como prioridade a verificação das situações de confinamento, a aglomeração das pessoas em espaços públicos e dos locais fechados, além de todo o processo de acampamento de situações de risco, como violência doméstica“.
Portugal está em estado de emergência desde o dia 19 de março e até 17 de abril. Na sexta-feira, o Presidente da República manifestou a sua vontade de prolongar o estado de emergência até 1 de maio.
“Está formada a minha convicção quanto à renovação do estado de emergência até ao dia 1 de maio. Não podemos brincar em serviço, não podemos afrouxar“, disse Marcelo Rebelo de Sousa, numa comunicação ao país.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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