De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Deral da Saúde (DGS) este domingo, há 11.278 infetados por covid-19 em Portugal e 295 óbitos.
O número de infetados por covid-19 subiu, este domingo, para um total de 11.278, mais 754 do que no sábado, o que representa um aumento de 7%. Há 1.084 pessoas internadas e 267 na Unidade de Cuidados Intensivos. – aumentos de 1.075 e 267, respetivamente.
A zona norte do país continua a ser a zona mais afetada, mas registou-se um aumento percentual mais expressivo na zona de Lisboa e Vale do Tejo. Destaca-se, também, um aumento percentual mais rápido do número de confirmações no Alentejo e no Algarve.
Até ao último sábado, havia 1.332 profissionais de saúde com casos confirmados, dos quais 231 eram médicos, 339 enfermeiros e 662 outros profissionais de saúde.
Em relação a crianças internadas, Graça Freitas garantiu, em conferência, que “mesmo com quadro clínico grave têm recuperado muito bem”. Maioria já está no domicílio e muitas foram mesmo dadas como curadas”.
Em idades pediátricas, “a situação tem evoluído muito bem” e nos adultos jovens o internamento tem “sido sobretudo determinado pela sua condição clínica”.
O número de mortos em Portugal aumentou para 295, mais 29 do que no sábado – aumento de 10,9% nas últimas 24 horas.
Os dados divulgados este domingo registam o segundo maior número de mortes num só dia – 29, só ficando abaixo das 37 mortes do boletim divulgado na última sexta-feira.
A mortalidade atinge, sobretudo, as idades mais avançadas: 20 das 29 mortes ocorreram na faixa etária dos mais de 80 anos. A taxa de mortalidade nessa faixa etária superou os 14%.
O número de recuperados mantém-se nas 75 pessoas. Há 4.962 pessoas a aguardar resultados de testes laboratoriais (menos 10% do que no boletim anterior) e cerca de 23.200 pessoas sob vigilância.
Capacidade ventilatória” “mais do que duplicou”
A “capacidade ventilatória” em Portugal “mais do que duplicou” desde o início de março, disse a ministra da Saúde, onde fez questão também de assinalar que, com o aumento de casos de infeção, “a pressão sobre o internamento hospitalar está a crescer”.
“No início de março, o SNS tinha uma capacidade de 1.142 ventiladores para o apoio a doentes a covid-19 adultos”, recordou Marta Temido. “Entretanto foram realizados dois movimentos e foram recuperados vários equipamentos que não estavam a ser utilizados e estão agora a uso.” No total, o SNS tem à disposição mais 1.538 ventiladores: “1151 comprados, 227 doados, e 140 por empréstimo da Air Liquid”. 85% dos aparelhos têm capacidade invasiva, detalhou.
6, 13 e 30 de abril são as datas previstas para a chegada a Portugal dos restantes equipamentos, nomeadamente ventiladores.
A ministra realçou a capacidade de internamento hospitalar “apenas para os doentes que necessitem de resposta hospitalar”, frisando que há “um conjunto significativo de doentes” que podem ser tratados em casa.
Relativamente a prazos longos no agendamento dos testes, Marta Temido destaca que há dois tipos de repostas: do setor público e laboratórios privados que estão a trabalhar com o SNS, além da academia. A ministra admite que “há laboratórios que estão a marcar a realização de testes laboratoriais para períodos mais distantes” daqueles que são garantias do SNS. Além disso houve “avarias” em equipamentos dos laboratórios e escassez de zaragatoas.