500 dias de guerra, 50 mil mortos. Drone mostra o que sobra no norte de Gaza

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HAITHAM IMAD/EPA

Palestinianos passam por edifícios destruídos no campo de Jabalia, a norte da cidade de Gaza.

Cessar-fogo mantém-se, mas não há promessas de paz. Eis os números mais devastadores da guerra que ainda não tem fim à vista.

Esta segunda-feira assinala o 500.º dia da guerra israelita em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel a 7 de outubro de 2023.

Outrora habitada por 2,2 milhões de palestinianos, hoje, a Faixa é uma “cidade fantasma”: 90% das habitações foram danificadas.

Novas imagens capturadas com um drone mostram quilómetros reduzidos a escombros.

De acordo com fontes do governo israelita, do Ministério da Saúde de Gaza e de agências da ONU, eis os números mais devastadores da guerra, citados pela agência AP.

  • Pessoas mortas em Israel a 7 de outubro de 2023: cerca de 1.200
  • Reféns levados para Gaza: 251
  • Reféns que permanecem em Gaza: 73, incluindo 3 levados antes de 7 de outubro de 2023
  • Reféns em Gaza que se pensa estarem mortos: 36, incluindo um de antes de 7 de outubro de 2023
  • Palestinianos mortos em Gaza: mais de 48.200 (mais de metade, mulheres e crianças, diz o Ministério da Saúde de Gaza)
  • Palestinianos feridos em Gaza: mais de 111.600
  • Soldados israelitas mortos desde 7 de outubro de 2023: 846
  • Percentagem da população de Gaza deslocada: Cerca de 90%

Destes últimos, muitos regressaram para ver os escombros, mas outros ainda não podem voltar. Embora 53.000 dos 64.000 evacuados tenham regressado às suas casas, 13 das 45 comunidades afetadas continuam inabitáveis devido aos riscos de segurança em curso e ao ritmo lento da reconstrução, de acordo com a Autoridade Tekuma de Israel, que está a supervisionar o esforço de reconstrução.

Segundo a autoridade israelita, 83% dos evacuados da região sul já regressaram. No entanto, a recuperação destas 13 comunidades está muito atrasada, e não se prevê que a sua reconstrução esteja concluída antes de 2026.

As famílias dos reféns ainda presos em Gaza pelo Hamas anunciaram esta segunda-feira um jejum de 500 minutos em protesto contra a administração do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

“Por muito que seja fundamental manter a pressão sobre os nossos líderes para que este acordo continue a avançar, é igualmente fundamental que as famílias dos reféns se sintam apoiadas e saibam que não estão sozinhas”, afirma Abbey Onn ao The Times of Israel.

O seu primo, Ofer Calderon, foi recentemente libertado do cativeiro do Hamas. “Jejuar durante 500 minutos é o mínimo que posso fazer para mostrar solidariedade para com o inferno que os reféns e as suas famílias têm vivido nestes últimos 500 dias.”

O cessar-fogo mantém-se, para já, mas sob uma leve chama. A fase atual da trégua vai expirar em março e ainda não é claro se as duas partes vão concordar em prolongá-la e iniciar negociações para um cessar-fogo mais duradouro.

ZAP //

1 Comment

  1. 50 mil? Números avançados por uma entidade que desvia comboios de ajuda humanitária e vende a população… Essa é a entidade que confiamos os dados de baixas civis? Os mesmo que não reconhecem os hamas como soldados e todos são civis Diz a população para não saírem das zonas possíveis de bombardeamento para se tornaram Mártires para ganharem a guerra que iniciaram.

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