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Estudo estima 471 mortes em Portugal até agosto (e que o recorde foi atingido a 3 de abril)

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Massimo Percossi / EPA

De acordo com as estimativas do estudo, cerca de 151.680 pessoas vão morrer na Europa durante a “primeira vaga” da doença.

Um estudo divulgado esta terça-feira nos Estados Unidos estima que a covid-19 venha a provocar 471 mortes em Portugal até 4 de agosto. A mesma investigação indica ainda que o pico do número diário de mortes foi atingido na passada sexta-feira, dia 3 de abril.

Face aos números oficiais divulgados esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que indicam 345 mortes, as projeções dos investigadores do Instituto para Avaliação e Métricas de Saúde (IHME), da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, apontam para mais 126 óbitos ao longo dos próximos três meses.

O estudo refere que o modelo matemático usado para as estimativas, que foram feitas para vários países, “demonstra que, apesar de Portugal não ter tido falta de camas no total, não tinha suficientes unidades de cuidados intensivos (UCI) para a procura, com o auge a surgir com a falta de 118 camas no dia 3 de abril“.

A nível europeu, o IHME calcula que o pico diário da taxa de mortalidade por causa da pandemia de covid-19 vai ser atingido na terceira semana de abril. De acordo com as estimativas, cerca de 151.680 pessoas vão morrer na Europa durante a “primeira vaga” da doença. Para os Estados Unidos, estão estimadas 81.766 mortes.

O novo coronavírus já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil. Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados. O continente europeu, com cerca de 708 mil infetados e mais de 55 mil mortos, é onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 16.523 óbitos em 132.547 casos confirmados até segunda-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 13.798 mortos, entre 140.510 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos, com 10.994 mortos, são o que contabiliza mais infetados (368.449).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.740 casos e regista 3.331 mortes. As autoridades chinesas anunciaram esta terça-feira 32 novos casos, todos oriundos do exterior.

Em Portugal, segundo o balanço feito esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%). Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. Estamos de quarentena. Não há tempo para responder. Apenas comer, dormir e ir ao quintal ver a vegetação e os pássaros.

  2. Sendo que o numero de óbitos ao dia de hoje é de 380 e que nesta semana a média diária tem rondado os 30 casos, o valor apontado (471) será atingido em 4 dias e não em 4 meses. Logo ou falta um digito no valor (4710) ou os ditos cientistas estavam a fumar substancias ilícitas.

    • Eu e tu fazemos a parte fácil, que é olhar para trás, ver médias e fazer aritméticas. A parte difícil sobrou para os cientistas: olhar para a frente, ver curvas e calcular comportamentos. Eu também achei estranho esses números, e fui ver o estudo que a ZAP cita, e os gráficos, e o que está lá é que se o número de mortes diárias continuar a baixar, vai tender para 471, que é o ponto médio de um intervalo cujo topo anda nos 600. São apenas previsões com base em curvas, que se podem alterar a todo o momento. Mas ainda bem que há cientistas para nos lembrar que o que interessa não são os números, são as curvas.

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